26 julho 2006

Efeito Borboleta

Evan (Ashton Kutcher) é um jovem que finalmente deixou sua infância conturbada e amigos problemáticos para trás. O genial estudante de psicologia, chocado com a morte do grande amor de sua vida, a ex-namorada Kayleigh (Amy Smart), descobre como voltar sua consciência no tempo para seu corpo de garoto. Ele altera o passado e a salva, mas, em cada retorno, descobre um presente completamente diferente e assustador ao seu redor. Sucesso nos cinemas, Efeito Borboleta é um filme perturbador, que mantém o espectador pregado na poltrona acompanhando as muitas reviravoltas na vida de Evan, um jovem que descobre a habilidade de voltar sua consciência no tempo. Ele usa este poder para retornar a sua conturbada infância, marcada por problemas de memória, e mudar o rumo de sua vida, alterando o presente da mulher que ama, de seus amigos e família. Mas descobre que manipular o passado não significa controlar o futuro. Alterar o tempo, ou seja, ir do passado ao futuro e vice-e-versa, sempre foi um sonho dos seres humanos. Claro que o cinema nunca ficou de fora, com filmes de diversos tipos “brincando”, por vezes de forma “séria”, com este desejo. Efeito Borboleta é mais um deles, só que tem um roteiro bem elaborado, desde que o espectador relaxe e o assista de forma descompromissada com a realidade, sem querer dizer “isto é impossível”. O início é meio estranho, pois leva-se um tempo para situar a estória, se não lermos a sinopse parece mais um filme violento de delinqüentes juvenis. Mas não é nada disso, o filme desperta emoções fortes, lidando com questões até mais sérias do que se supunha. Não deixa de ser uma grande história de amor cujo protagonista, Evan, acaba tendo o poder de alterar o futuro ao conseguir voltar ao passado, modificando situações aparentemente simples que resolveriam a situação de todos os seus amigos, principalmente de sua amada. Quando ele volta desta modificação no passado, percebe que nem tudo pôde ser feito sem conseqüências no futuro, sejam elas boas ou ruins. Complicado? Sim. Talvez seja este o “problema” do filme: algumas pessoas terão uma certa dificuldade em acompanhar este vai e vem entre o passado e o futuro. Mas é feito de forma inteligente, amarrando bem todas as pontas largadas no início. O ator Ashton Kutcher, bastante conhecido por suas interpretações em comédias como Recém Casados, Cara, Cadê Meu Carro e A Filha do Chefe, além do seriado televisivo That 70´s Show, se sai surpreendentemente bem no difícil papel dramático. O destaque é para a atriz Amy Smart (de Starsky & Hutch, companheira de Ashton em That 70´s Show), que acaba fazendo vários papéis com um só personagem (é difícil explicar sem revelar a trama). Eric Stoltz também está muito bem em um personagem coadjuvante, mas de grande importância dramática, além do bom elenco infantil. A direção (e roteiro) da dupla estreante J. Mackye Gruber e Eric Bress é bastante competente, com a câmera “nervosa” quando necessário, numa cenografia quase teatral, excelente. O filme teve um lançamento em DVD nos EUA com uma versão um pouco mais longa que esta, muito polêmica pelo seu final bem diferente (e mais deprimente), além de uma extensão das já fortes cenas do presídio. Resumindo, é um bom filme de suspense, que lida com aspectos mais profundos do que o passado e futuro, envolvendo alguns aspectos bem interessantes da psicologia (começa com uma frase retratando a “Teoria do Caos”), num roteiro inteligente, por vezes violento (sem muito sangue, um terror mais psicológico) e agressivo, mas bem justificado. Surpreendente, vale a pena ser visto, por mais de uma vez.

clique aqui e veja o trailer!

Site Oficial: www.butterflyeffectmovie.com (inglês)
www.efeitoborboleta.com.br (Português)

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