29 setembro 2006

A casa monstro (Monster house)

A casa monstro foi uma grata surpresa pra mim, fui até meio sem muita espectativa de um bom programa, mas... ele te pega! Tem sempre uma lição.. como a batida uem vê cara não vê coração..mas enfim não vou cometer spoilers... mas adianto que quem for ver ainda vai ficar surpreso com a qualidade e com a temática. Dos mesmos autores de A noiva cadáver (veja aqui no arquivo).

Na eletrizante comédia de aventura A CASA MONSTRO (Monster House), da Columbia Pictures, três crianças (os novatos Mitchel Musso, Sam Lerner e Spencer Locke) atravessam para o outro lado da rua para desvendarem um mistério e viverem a maior aventura de suas vidas.

DJ (Musso), a criança do outro lado da rua, é quem tem o plano. Jenny (Locke), a novata, é quem tem a inteligência. E Bocão (Lerner), o melhor amigo de DJ, não tem a menor idéia de nada.

A CASA MONSTRO (Monster House) é um longa-metragem de animação totalmente original e inteligentemente concebido pelos visionários produtores executivos Robert Zemeckis e Steven Spielberg, que reúne um elenco estelar incluindo Steve Buscemi (Monstros S.A./ Monsters, Inc.), Nick Cannon (Drumline), Maggie Gyllenhaal (Secretária/ Secretary), Kevin James (The King of Queens), Jason Lee (Os Incríveis/ The Incredibles), Catherine O’Hara (O Estranho Mundo de Jack/ The Nightmare Before Christmas), Jon Heder (Napoleon Dynamite), Kathleen Turner (Uma Cilada para Roger Rabbit/ Who Framed Roger Rabbit) e Fred Willard (Waiting for Guffman). O filme é dirigido por Gil Kenan, produzido por Steve Starkey e Jack Rapke, e conta com Jason Clark como produtor executivo. O roteiro é de Dan Harmon & Rob Schrab e Pamela Pettler, de uma história escrita por Harmon & Schrab.

Sinopse

DJ Walters, de 12 anos, que está naquele embaraçoso momento entre a infância e o começo da puberdade, possui tempo livre de sobra e ninguém tira de sua cabeça que existe alguma coisa estranha em relação à casa do velho Epaminondas do outro lado da rua. As coisas não param de desaparecer dentro daquela estrutura em ruínas: bolas de basquete, triciclos, brinquedos e animais de estimação. E, pensando bem, o que teria acontecido com a senhora Epaminondas?

É véspera do Dia das Bruxas – Halloween – e DJ e seu amigo comilão de doces, Bocão, se deparam com o Senhor Epaminondas depois que a bola de basquete dos dois cai no terreno dele e some misteriosamente para dentro da casa. Quando a casa tenta devorar sua nova amiga Jenny e ninguém acredita no trio amedrontado que insiste em dizer que há algo de errado com aquela casa, cabe a eles investigar o mistério.

Eles recorrem aos conselhos da única pessoa no planeta que poderia, mesmo que remotamente, entender o que está acontecendo, o sábio que eles chamam de Cabeça. Ele é um preparador de pizza preguiçoso, de uns 20 anos de idade, e mestre na máquina em que ele, certa vez, jogou um videogame por quatro dias seguidos, munido apenas de dois litros de achocolatado e uma fralda para adultos. “Eu ouvi a história de estruturas construídas pelo homem que se tornaram possuídas por uma alma humana”, Cabeça conta para eles.

Você quer dizer que a casa tem vida? Caramba!

Cabeça diz a eles que a única maneira de fazer com que a casa pare de devorar tudo que aparece à sua frente é acertando em cheio seu coração, o que para as crianças só pode ser a sempre ativada fornalha localizada no porão. Eles pensam num plano que parece infalível — um aspirador de pó disfarçado de humano e repleto de remédio contra gripe. As crianças oferecem a isca para a casa, imaginando que ela esteja dormindo e, assim, possam entrar escondidas e apagar a fornalha com suas seringas de atirar água.

No entanto, o plano fracassa e quando a casa começa a persegui-los pela rua — isso mesmo, os perseguindo pela rua! — eles terão de unir suas forças para mais uma vez garantirem segurança aos moradores do bairro contra trapaças e trapaceiros.

A História de A Casa Monstro

A CASA MONSTRO (Monster House) reúne dois influentes cineastas vencedores do prêmio Oscar® — Robert Zemeckis e Steven Spielberg — que se unem ao talentoso diretor novato, Gil Kenan, que juntos são os pioneiros numa novidade que irá revolucionar a arte de se fazer cinema: a tecnologia de ponta chamada animação por captura de movimento. Com a ajuda de um roteiro inteligente e divertido e extremamente assustador, escrito por Dan Harmon & Rob Schrab e Pamela Pettler, de uma história de Dan Harmon & Rob Schrab, eles aplicaram esta nova e mágica criação em dois adoráveis gêneros — comédia para família e filme de terror — combinando ambos, sem cortes, de forma a entreter e instigar a imaginação de seus admiradores no mundo inteiro.

O cinema tem uma longa e bem aceita tradição de mostrar casas aterrorizantes e assombradas — da mansão gótica de Psicose (Psycho), passando pela misteriosa cabana de Boo Radley em O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird) à residência do subúrbio que abrigava Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands) — e explorar a fascinação que as crianças têm por essas estruturas proibidas e seus estranhos moradores. Em função do eterno apelo do gênero, não é surpresa o fato de os executivos da produtora de Robert Zemeckis, a ImageMovers, terem se impressionado de imediato quando os escritores Dan Harmon & Rob Schrab contaram sua idéia sobre uma casa com vida.

“Logo quando o projeto passou a ser desenvolvido na ImageMovers”, afirma Zemeckis, “eu achei a idéia extremamente inteligente e muito legal”.

O produtor Steve Starkey acrescenta: “Era uma história original, direcionada para a família e com uma atitude nova e contemporânea. Nosso objetivo era não somente contar uma história assustadora, mas também algo com uma sensibilidade cômica moderna que atraísse ao mesmo tempo tanto a platéia adulta quanto a jovem”.

Entretanto, o roteiro de A CASA MONSTRO (Monster House) apresentou aos realizadores um problema técnico aparentemente insuperável: Num momento climático do filme, a casa assombrada teria que se libertar de sua fundação e sair sem destino pelas ruas, aterrorizando todo mundo no bairro. “Uma vez que o filme foi originalmente concebido como um live-action convencional”, diz Starkey, “o dilema era: ‘Como misturar um filme convencional com uma casa que ganha vida?’”

“Nós penamos com aquele problema por muito tempo”, acrescenta o produtor Jack Rapke. “Nós nos perguntávamos: ‘Como ficará o visual daquele mundo? Não vai parecer uma coisa tola?’”

O problema foi solucionado quando Zemeckis descobriu o revolucionário processo de captura de movimento que, em seguida, foi melhorado e aperfeiçoado pela Sony Pictures Imageworks e aplicado pela ImageMovers no hit mundial O Expresso Polar (The Polar Express), dirigido por Zemeckis. “A captura de movimento parecia ser o caminho perfeito para contar melhor a história de A Casa Monstro”, explica Zemeckis. “É a combinação perfeita de filme live-action e imagens geradas em computador. Desse jeito, você tem controle sobre as imagens e, ao mesmo tempo, trabalha com experientes profissionais de performances — o que permite acidentes que você só vê quando trabalha com atores de verdade”.

Desde o princípio, A CASA MONSTRO (Monster House) foi concebido para ser mais estilizado que O Expresso Polar (The Polar Express). “Enquanto O Expresso Polar foi desenhado para ser mais foto-realístico, A Casa Monstro foi diferente”, explica o produtor executivo Jason Clark. “Nos sentimos confortáveis para tomar determinadas liberdades em relação aos desenhos dos personagens de A Casa Monstro e utilizar a animação para aperfeiçoar as performances. Contratamos muitos profissionais da equipe de O Expresso Polar, que não apenas nos mostrou o que funcionou, mas também o que poderia ser melhorado. A tecnologia foi se desenvolvendo progressivamente. No processo, criamos uma espécie de tecnologia cinematográfica chamada de “corte em sangria’ – parecida com a tecnologia de ponta, mas um pouco mais avançada”.
Encontrar o diretor adequado para o projeto foi outro desafio para o pessoal da ImageMovers — até quando eles conheceram um jovem recém-formado de nome Gil Kenan, cujo filme feito por ele no último ano da faculdade, The Lark, ganhou o UCLA Spotlight Awards, em 2002. “The Lark foi interessante porque foi tão diferente de tudo”, afirma Rapke. “Gil contou sua história em filme utilizando técnicas que realmente nos deixou intrigados”.

"Logo que assisti à fita de Gil, tive a sensação de que ele era a escolha perfeita para fazer este filme, apesar de nunca ter feito um longa-metragem antes", diz Zemeckis. "Quando discutimos o projeto, ele apresentou uma visão muito clara e inovadora, e percebi imediatamente que minha intuição estava certa. Ele achava que o filme deveria ser engraçado e assustador, e que o equilíbrio de ambos faria da história algo especial realmente".

"Eu assisti ao curta-metragem The Lark, e vi que Gil tinha um talento especial", afirma o produtor executivo Steven Spielberg. "Ele provou durante todas as etapas de A Casa Monstro, desde a sua criatividade em relação à animação com uma preocupação especial à performance ao seu trabalho rico em recursos com os atores. Gil permitiu que as performances parecessem quase de improviso quando, na realidade, haviam sido cuidadosamente escritas no roteiro".

Coincidentemente, The Lark mostrava uma casa infestada de lágrimas e raiva“. Há alguns anos, eu me encantei com a idéia de criar uma relação emocional entre uma pessoa e um ambiente”, explica Gil Kenan, “fazendo dela uma relação visual e dramática, definindo uma personalidade e oferecendo-lhe qualidades humanas. Então, quando surgiu A Casa Monstro, foi quase cômico como aquele projeto parecia demais com a maneira que eu pensava contar uma história — como os humanos e suas casas e ambientes poderiam interagir. No final das contas, a casa possui mais do que um espírito vingativo, mas possui também alma”

A Lista dos Preferidos

“Gil preparou uma lista de preferidos, com todos os atores que ele gostaria que fizessem parte de A Casa Monstro”, lembra Rapke. “Nós levamos a lista para a Sony e, para nossa surpresa e alegria, ele conseguiu a aprovação de todos aqueles que ele queria no filme. Ele contou com Maggie Gyllenhaal para interpretar a babá Zee. Com Jason Lee para interpretar Magrão, Jon Heder para o papel de Cabeça, Catherine O’Hara e Fred Willard para interpretar os pais de DJ. Conseguiu Kevin James como o Oficial Landers e Nick Cannon como o Oficial Lister. Até conseguiu Steve Buscemi para fazer o personagem Epaminondas. Foi incrível, garanti a Gil que aquilo jamais aconteceria novamente em toda a sua vida. E para fechar com chave de ouro, ele contou com Kathleen Turner para o papel de Constance”.

Com uma das melhores vozes da indústria do entretenimento, Kathleen Turner sempre fez grande sucesso com suas cordas vocais. “Eu me envolvi com A Casa Monstro através de Bob Zemeckis”, conta Kathleen Turner. “Ele me escalou para a voz de Jessica em Roger Rabbit, então me telefonou e disse: ‘Você estaria interessada em uma nova técnica?’ — ele sabe que estou sempre interessada em qualquer tipo de tecnologia nova, recém-criada. Mas fiquei realmente interessada quando ele me disse: ‘Bem, você interpretou a personagem animada mais sexy do cinema em Roger Rabbit, agora poderá fazer a mais feia de todas’. E eu imediatamente disse: ‘Combinado’”

Kenan admite que foi mais do que apenas sorte reunir um elenco tão estelar. “Tenho certeza que parte do processo de formação do elenco se deve a quanto os meus produtores são respeitados na indústria”, diz ele. “Desde a primeira vez que li o roteiro, ficou bem claro para mim como deveria ser o visual dos personagens. Parecia na minha cabeça que, conforme eu lia a história, aqueles atores se apresentavam e iam encarnando os personagens”.

“Como em qualquer projeto, tudo gira em torno do que está no papel”, afirma Starkey. “Quando encaminhamos o roteiro para os atores, eles imediatamente se impressionaram com a originalidade, humor e inteligência do texto. Todo mundo queria fazer parte daquilo que eles sabiam que seria uma experiência especial. Fizemos uma proposta que eles não poderiam recusar”.

“Recebi um telefonema dizendo que eles estavam interessados em me contratar”, lembra Steve Buscemi, “e me mostraram o curta-metragem de Gil, que era diferente de outros filmes de animação que eu já havia visto. Era um pouco misterioso. Gosto de sua sensibilidade e de seu senso de humor, e também gostei do roteiro de A Casa Monstro”.

Para a escolha dos três atores mirins de A Casa Monstro, uma minuciosa pesquisa foi conduzida nos Estados Unidos e no Canadá. “Entramos em contato com agentes, comissões de cinema, escolas de dramaturgia e empresários”, diz a diretora de elenco Victoria Burrows. “Nós falamos com crianças que já tinham bastante experiência profissional e com outras sem qualquer experiência anterior. As idades variaram de dez a 20 anos. Mas, por fim, escalamos crianças com as mesmas idades indicadas no roteiro original”.

“Foi um processo muito cansativo”, confessa Kenan. “Provavelmente, eu me encontrei pelo menos uma vez com cada uma das crianças nos Estados Unidos, e quase a metade delas veio e fez teste de leitura de texto”. As três crianças escolhidas por ele — Sam Lerner (Bocão), Mitchel Musso (DJ) e Spencer Locke (Jenny) — ficaram amigas imediatamente e a química vigorosa entre elas provou ser de grande valia para a produção.

“Teatro Caixa-Preta”

Após cinco dias de ensaios, com bloqueio e leitura de texto, foi iniciada a filmagem principal de A CASA MONSTRO (Monster House). O “volume” 20 por 20 — área na qual os equipamentos de captura de movimento foram montados e local onde os atores trabalharam — foi construído no Estúdio 6, de Culver Studios. Em sua maior parte, o filme foi rodado em seqüências, durante uma agenda de filmagem relativamente curta. “Uma filmagem de 42 dias é bastante rápida”, afirma Clark, o produtor executivo, “especialmente se comparada à maioria das filmagens live-action, que geralmente dura mais de cem dias. E nós tínhamos crianças com horário de trabalho reduzido, então, nossos dias eram muito curtos”.

Refinado para A CASA MONSTRO (Monster House), o processo de captura de movimento da Imageworks proporcionou aos realizadores um instrumento de criação com o qual eles puderam gravar performances em live-action ricas em detalhes, com as quais a animação é posteriormente baseada.

A preparação para rodar o filme em captura de movimento foi um longo ritual diário para os atores. Ao amanhecer, eles tinham que vestir figurinos e sapatos especiais. Na sala de maquiagem, seus cabelos eram colocados para trás, uma touca plástica fixada em suas cabeças e pontos de plásticos refletivos grudados em seus rostos.

“Durante a maquiagem, Sam Lerner, que interpreta Bocão, e Mitchel Musso, que faz o papel de DJ, pulavam de um lado para o outro”, lembra Jon Heder. “Eles cantavam nos microfones. Acho que estavam muito felizes de estarem participando de uma produção tão grande”.

Uma vez que todo o trabalho dos atores aconteceu dentro do espaço chamado de “volume”, uma preocupação minuciosa foi dada aos suportes que eventualmente iam aparecer na tela. “Tivemos de criar com a equipe de desenho os sets e suportes em programas de software como Maya e Rhino como se realmente fossem ser construídos no estúdio”, explica o desenhista de produção, Ed Verreaux. “Fizemos desenhos de construção para fazer os quadros suspensos em fios para que os atores pudessem interagir. Quando os atores estão sentados à mesa, por exemplo , precisam de alguma coisa para apoiar seus cotovelos e para sentar — teria de ser algo firme. Uma mesa de verdade não permitiria que as câmeras digitais captassem todos os pontos de referência dos corpos dos atores. Então, tudo teve de ser enquadrado por fios. O que eles estavam fazendo na realidade era viver num mundo enquadrado por fios, e depois transportado para a geometria da computação, se tornando sólido no computador durante a fase de pós-produção”.

Para os atores, trabalhar dentro do “volume” foi mais parecido com atuar no palco do que em frente de uma câmera de cinema. Como aponta Starkey, “Você não contava com a presença da câmera, ou de luzes, ou de marcas para seguir. Seu ritmo não era cortado quando chegava a hora de mudar o filme na câmera. Quando os atores tocavam no chão em captura de movimento, tinham de realizar seu trabalho sem se preocupar com qualquer das particularidades técnicas que geralmente fazem parte do processo de filmagem. Acho que foi por isso que eles curtiram tanto o trabalho”.




Além disso, outro aspecto de se trabalhar neste formato interessou os atores: “Para realizá-lo, você realmente tinha de usar sua imaginação o tempo todo”, afirma Buscemi.

Segundo Clark, "rodar um filme inteiro dentro de um quadrado 20 por 20 foi um desafio para todos nós. Mas imagino o que deve ter sido para um diretor imaginar sets que nunca haviam sido vistos totalmente desenhados, e explicar a cena para seus atores. No entanto, Gil se adaptou rapidamente. Arrumou um jeito de deixar a fantasia tomar conta do trabalho e conseguiu tranqüilizá-los imediatamente. Num determinado momento, nossos três heróis estão explorando o porão da casa de Epaminondas e estavam encontrando certa dificuldade para mergulhar na aventura e mistério da cena porque eles percorriam o palco bem iluminado tentando atuar como se estivessem explorando um porão assombrado. Então Gil nos pediu para diminuir a iluminação e, de repente, o palco ficou escuro e as crianças entraram totalmente na aventura”.

Como resultado, aquele elemento específico da imaginação – por parte dos atores e dos animadores – foi o que fez a experiência tão única e criativa. "O maravilhoso híbrido que estamos criando com captura de movimento e animação foi baseado nos atores", diz o supervisor de efeitos visuais Jay Redd. "Tudo se fundiu para criar algo especial que as platéias nunca haviam visto antes”.

A Expansão da Animação

A ação final da produção de A CASA MONSTRO (Monster House) foi uma tarefa complexa e de diversas etapas, envolvendo o talento e o trabalho de equipe da Imageworks, uma premiada empresa de produção digital. “A Imageworks pegou os elementos criativos reunidos pelo diretor e os combinou com a arte e as performances em imagens totalmente iluminadas e criadas com precisão”, explica Clark, o produtor executivo.


O supervisor de animação da Imageworks, Troy Saliba, e o animador chefe de personagens, T. Dan Hofstedt, trabalharam juntos com o diretor Kenan e com o supervisor de efeitos visuais, Redd, na finalização da animação para o filme. "Nós sabíamos que iríamos fazer captura de movimento, mas queríamos fazer algo diferente", diz Redd. "Sabíamos que o nosso mundo seria mais – para usar um termo bastante comum - estilizado. Nós temos seres humanos, mas também temos uma casa que anda pelo bairro. Meu trabalho foi descobrir e realizar tudo em termos de efeitos visuais dramáticos e reunir uma equipe de especialistas para criar tudo, desde modelos, texturas e captura de movimento à animação, iluminação e composições."

"Primeiro, fizemos os desenhos de todos os personagens", afirma Hofstedt. "Pegamos os desenhos dos personagens feitos por Chris Appelhans, e fizemos desenhos para ilustrar o alcance físico e emocional que eles precisariam no decorrer da história. Não fizemos o visual parecido entre cada um dos atores e seus respectivos personagens animados. Tivemos que interpretar as coisas para conseguirmos as expressões para trabalhar, então, destacamos momentos emocionais criados por nós ou que foram proporcionados pelos atores. Separamos um quadro em que o ator estava ou com raiva, feliz ou com medo. Daí, tentamos colocar aquela expressão manualmente no quadro. Depois, com o nosso equipamento de animação digital trabalhamos com os técnicos e modeladores em CG até eles duplicarem aquele alcance emocional".

"A performance de captura de movimento respondeu bem ao que nós esperávamos", acrescenta Saliba, "mas conseguimos até ir um pouco além. O primeiro desafio foi nos certificar de que as criaturas que estávamos usando – no caso, os modelos em CG – pudessem atuar de acordo com a nossa necessidade. Eles tiveram de trabalhar com captura de movimento, mas também foram um pouco além no aspecto gráfico".

"Aquela foi a fundação para levar o filme além de um trabalho live-action — acrescentando as sensibilidades da caricatura e da animação", segundo Hofstedt.

“A Casa Monstro foi concebido com a utilização da tecnologia de captura de movimento, porque esta nos permitiu contar uma história que se passa num universo paralelo”, diz Clark, produtor executivo do filme. “A platéia irá reconhecer esse universo pelas ruas tradicionais de um bairro comum de um subúrbio americano, mas espero que ela veja algo fora do comum o suficiente para assimilar o terceiro ato — quando a casa zarpa pelo bairro perseguindo as crianças”.

O Som e a Fúria

Desde o princípio, uma das principais metas do filme foi dar vida à casa, proporcioná-la expressão e respirar vida dentro daqueles tijolos e estrutura de cimento sem vida. A tecnologia de ponta utilizada em A Casa Monstro (Monster House) permitiu aos realizadores tornar real este incrível personagem central da história. Desenhar o visual da casa foi um processo muito exaustivo. "Foi difícil fazer um desenho da casa que provocasse arrepios e ao mesmo tempo não fosse tão apavorante a ponto de a platéia não aceitar que ela pudesse passar desapercebida no bairro", explica o artista de conceito e layout, Chris Appelhans. "Tínhamos que partir da idéia de que se tratava apenas de mais uma casa velha que, quando as luzes sofressem qualquer alteração, ela tivesse uma aparência monstruosa e ameaçadora".

“Uma das vantagens da animação em A Casa Monstro é que foi possível construir a casa de forma que ela parecesse ter dois olhos e uma boca”, diz o produtor Starkey. “Eles puderam realmente imitar expressões humanas”.

E aquela tarefa ficou a cargo de Kathleen Turner. “O jeito que um ator se movimenta e como eles se comportam — todos os sinais invisíveis — sejam eles temporários ou não, ou que estejam com raiva, tudo isso se vê no corpo”, diz Turner. “Contar com uma câmera para traduzir isso para um computador é uma maneira eficaz de se preservar aquela performance”.

Além de captar a performance física de sua personagem, Turner foi fundamental na criação de sons de fúria feitos pela casa. Turner e o diretor Kenan se encontraram no famoso Brill Building para gravar suas vocalizações bem como suas performances não verbais na pele da monstruosa casa. Um teipe daquela performance vocal foi enviado para a Skywalker Sound, que faz parte do Skywalker Ranch, de George Lucas, no norte da Califórnia, e acrescentado aos sons naturais de madeira rachando e da casa se movendo. A equipe de som do filme alugou um velho celeiro de madeira nas montanhas próximas do condado de Marin e colocou amplificadores nas paredes internas. Desse jeito, eles puderam captar os rangidos e grunhidos naturais da casa e ajudar a chegar ao som desejado para A Casa Monstro (Monster House), que é adequadamente ameaçador e surpreendentemente humano.

Palavras Finais

Por fim, todo trabalho árduo executado na produção de A CASA MONSTRO (Monster House) foi possível por meio da dedicação do elenco e da equipe. “Acredito que A Casa Monstro será uma experiência cinematográfica incrível para o público”, promete o produtor Rapke. “É como um divertido passeio de montanha russa, visualmente diferente de qualquer coisa vista antes no cinema. Utilizamos esta tecnologia para se chegar a resultados nunca antes atingidos nesta área — a produção de um filme assustador feito especialmente para crianças”.


“As crianças irão subir e descer essa montanha russa e gritar o tempo inteiro”, prevê o produtor Starkey. “Mas, por fim, elas vão se sentir bem. Estou entusiasmado com o quanto A Casa Monstro nos ensinou em relação à flexibilidade do processo de captura de movimento. A Casa Monstro despertará nas pessoas a certeza de que filmes de todos os tipos podem ser feitos dessa maneira”.

“A captura de movimento não irá substituir a animação”, afirma Zemeckis. “Mas uma das dificuldades da tradicional animação em duas dimensões tem sempre sido a animação de personagens humanos, desde os primórdios da Disney. Mas acredito que a captura de movimento criou um caminho para se fazer filmes que não podem ser feitos em live-action e não devem ser feitos como se fossem desenhos de animação. Agora, temos um novo caminho para contar histórias em todo o seu potencial, que não seja nenhuma das duas outras formas existentes. O processo de captura de movimento preenche um vazio na maneira de contar histórias em filmes. É uma tecnologia sem limite. Nós estamos apenas dando os primeiros passos em direção a um novo futuro”

“A Casa Monstro tem um lugar especial no meu coração”, diz o escritor Rob Schrab. “Foi o início de minha carreira de roteirista em parceria com Dan. Nós simplesmente queríamos fazer um filme que nos levaria a assisti-lo no cinema — um filme para crianças que não as subestimasse e, ao mesmo tempo, não tivesse receio de assustá-las. O meu sonho é que A Casa Monstro abra a porta para que outros longas-metragens de criaturas sejam feitos especialmente para as crianças”.

Clique aqui e veja o trailer (legendas em português)
Clique aqui e veja o trailer (dublado em português)

Site oficial:www.acasamonstro.com.br (português)
www.sonypictures.com/movies/monsterhouse (inglês)

sinopse por Sony Pictures

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