09 dezembro 2006

coming soon...

Bom este blog tem seus altos e baixos... ausências e presenças... na verdade ele já tem sete anos já passou pelo weblogger, pelo blogger.com.br e globolog agora aqui no blogspot/blogger.com... pensei..pensei..pensei.. vou remodelar tudo ..hehehe outra vez.. aguardem!

05 novembro 2006

U2 - "U218 Singles"


O U2 está a toda 18 músicas e dia 20 de novembro lançam seu novo album o greateste hits "U218 Singles". Segundo informações dadas pelo grupo por meio de seu site, este trabalho estará disponível em CD, CD+DVD bônus(com 10 faixas ao vivo gravadas na touneé Vertigo), em vinil e em DVD, com os vídeos das 18 músicas.
Entre as 18 músicas escolhidas estão duas novas canções inéditas: "The Saints Are Coming", que conta com a participação da banda americana Green Day, e que você pode conferir aqui no blog! , e "Window In The Skies".
As outras canções são "Vertigo","Sometimes You Can't Make It On Your Own", "Beautiful Day", "Walk On", "Elevation", "Stuck In A Moment You Can't Get Out Of", "One", "Mysterious Ways", "I Still Haven't Found What I'm Looking For", "With Or Without You", "Where The Streets Have No Name","Desire", "Pride (in The Name Of Love)", "Sunday Bloody Sunday", "New Year's Day" e "Sweetest Thing", o presente de aniversário que Bono compôs para sua esposa, Ali, em 1998.
Os lucros da venda deste single reverterão para a Music Rising, um movimento de apoio aos músicos afectados pelo furacão Katrina em Nova Orleães e em toda a região do Golfo.

Site Oficial: www.u2.com (inglês)

+ U2 no e-cletico's:
"The Saints Are Coming", U2+Greenday
U2 - Vertigo live from chicago

04 novembro 2006

Os infiltrados (The Departed)


Os Infiltrados, um ousado drama policial dirigido por Martin Scorsese, mostra a vida de dois policiais: Colin Sullivan (Matt Damon), inteligente e extremamente ambicioso, parece subir rapidamente na hierarquia da Unidade de Investigações Especiais, elite do Departamento Estadual de Polícia de Massachusetts, cujo principal alvo é o poderoso chefe mafioso irlandês Frank Costello (Jack Nicholson). Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), durão e esperto, é conhecido por seu temperamento violento, o que custa a ele o distintivo e o faz voltar para a dureza das ruas de Boston, onde ele é recrutado pelo grupo de Costello. Mas nenhum dos homens é o que parece e, como trabalham com objetivos que se cruzam, acabam mergulhando num perigoso jogo de gato e rato.
A história de Os Infiltrados é baseada no suspense criminal de 2002, originário de Hong Kong, Conflitos Internos, que obteve grande sucesso na Ásia antes de chegar aos Estados Unidos em 2004. Logo se iniciou a versão americana, com roteiro de William Monahan.
"Eu não tinha visto Conflitos Internos e nem queria ver antes de adaptar a história. Trabalhei a partir de uma tradução do roteiro chinês. Havia uma ótima história central e eu poderia criar novos personagens. Adorei a duplicidade dos personagens do filme chinês, mas minha adaptação, tematicamente, trata do engenho da tragédia que se inicia quando as pessoas se afastam do que realmente deveriam fazer na vida", diz o roteirista."Conflitos Internos é um bom exemplo de por que eu gosto do cinema de Hong Kong, mas Os Infiltrados não é uma refilmagem dele. Foi inspirado por Conflitos Internos pela da natureza da história, mas o mundo criado por William Monahan é muito diferente do filme chinês. Quando recebi o roteiro, demorei um pouco para ler, porque comecei a visualizar a ação e a me inteirar da natureza da história e dos personagens. Uma das coisas que me atraiu foi que a descrição dos personagens, bem como a atitude deles em relação ao mundo em que vivem, era descomprometida. Isso me fez ficar interessado em dirigir o filme", comenta Martin Scorsese.
Monahan conta que situou Os Infiltrados num mundo com o qual tem familiaridade. "O projeto chegou numa hora em que eu estava pensando a respeito de Boston, de onde eu vim, sobre as pessoas que eu tinha perdido na vida. Assim, eu me permiti explorar temas que me eram muito pessoais".
Thomas B. Duffy, um veterano com 30 anos na polícia de Massachusetts, foi o consultor técnico do filme e disse que a decisão do roteirista de centrar o filme na batalha entre a polícia e a máfia irlandesa de Boston foi baseada na realidade. "Com certeza, no sul de Boston a máfia irlandesa dominava e controlava o submundo da cidade, pelo menos do início dos anos 1970 até poucos anos. Foi o ápice do mundo do crime naquela região".
Os Infiltrados lida não apenas como o que envolve o submundo irlandês, mas se relaciona à força policial e à corrupção. O ambiente também é completamente diferente, sendo Boston e não Nova York. Embora, com a continuidade do filme, nós tenhamos passado a vê-lo mais como uma história dos Estados Unidos e da corrupção de certos sistemas em nosso país como um todo.
"É uma história de como dois jovens são formados pelas forças em suas vidas: a instituição da polícia e um grupo criminoso chefiado por um homem chamado Frank Costello. Este homem transforma o jovem Colin num pilar da comunidade para que ele possa subir na hierarquia da polícia. Mas, na realidade, ele era o informante de Costello. Ao mesmo tempo, Billy é o material perfeito para ser um espião da polícia, porque ele vem da classe operária de Boston. Ele vai se juntar ao grupo de Costello, mas foi enviado para acabar com eles. É como se Billy e Colin estivessem correndo em pistas paralelas... mas vão acabar em rota de colisão", diz Scorsese.
Martin Scorsese é um cineasta que sabe se adaptar ao tema de seus filmes, à personalidade de seus protagonistas. Ele pode ser delicado e convencional, etéreo e transcendente, perfeccionista e megalomaníaco, mas o melhor Scorsese é impulsivo e sanguíneo, vulgar e profano. A violência é o habitat natural do cinema de Martin Scorsese. Ele se sente mais à vontade nas ruas perigosas do que nos salões fechados. Seus melhores companheiros são os pequenos os pequenos mafiosos, os policiais, cafetões e desajustados em geral. Se “Os infiltrados” representa uma volta por cima na carreira de Scorsese, isso se deve em grande parte ao retorno a esse habitat. Para um cineasta da estatura de Scorsese, o remake de um filme de ação asiático pode parecer um trabalho menor. Grande engano. Primeiro, porque Hong Kong está na vanguarda do cinema policial há alguns anos, como provam os filmes de John Woo (”The killer”) e Johnny To (”Eleição”). Depois, porque Scorsese obviamente não se contentou em transpor a história para a máfia de Boston, mas também encontrou no original os parentescos com seu universo cinematográfico. Nesse sentido, a escolha de “Conflitos internos” não poderia ser mais apropriada. Porque o filme asiático trata de um tema central na obra de Scorsese: o dilema entre lealdade e traição de um homem a seu grupo. Só que a trama multiplica esse conflito por dois, como se o colocasse diante do espelho. E aí reside grande parte da graça de “Os infiltrados”. Mas a maior virtude do cineasta é pegar o exercício puro de ação do filme original e transformá-lo em uma tragédia americana sobre o círculo vicioso, catártico e inútil da violência. O esforço de Scorsese foi recompensado com a consagração dupla de público e crítica nos Estados Unidos. O filme teve a melhor bilheteria de estréia da carreira do cineasta. Isso transformou “Os infiltrados” em um candidato natural ao próximo Oscar, em particular nas categorias filme, diretor e ator (para Nicholson). Scorsese poderá ganhar sua primeira estatueta ou ratificar a condição de grande perdedor da história do prêmio (ele já concorreu e foi derrotado sete vezes).Inicialmente Jack Nicholson recusou a proposta de interpretar Frank Costello em Os Infiltrados, sendo convencido a participar do filme após uma visita do diretor Martin Scorsese e de Leonardo DiCaprio. Segundo Nicholson, a principal razão para ter mudado de idéia é que gostaria de voltar a interpretar um vilão, já que seus últimos filmes haviam sido comédias.
Robert De Niro chegou a assinar contrato para atuar em Os Infiltrados, mas foi obrigado a deixar o projeto posteriormente. Inicialmente seria Gerard McSorley o intérprete de Oliver Queenan, mas ele desistiu do projeto. Martin Scorsese queria realizar as filmagens em Boston, cidade onde a trama de Os Infiltrados acontece. Porém devido a questões políticas e a um desconto de 15% oferecido, grande parte das filmagens foi realizada em Nova York. Ao todo foram 8 semanas de filmagens, sendo 6 em Nova York e 2 em Boston. Como parte de sua pesquisa para o personagem, Matt Damon trabalhou durante algum tempo na estação policial de Massachusetts. Neste período o ator fez rondas policiais e realizou procedimentos típicos do trabalho policial. O orçamento de Os Infiltrados foi de US$ 90 milhões.


Os Infiltrados (The Departed, EUA 2006)
Estréia: 10 de Novembro de 2006
Diretor: Martin Scorsese
Roteirista: William Monahan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Ray Winstone, Vera Farmiga, Anthony Anderson, Alec Baldwin, Gerard McSorley, David O'Hara, James Badge Dale, Kristen Dalton

clique aqui e veja o trailer

Site oficial: OsInfiltrados.com.br (Português)
thedeparted.warnerbros.com (english)
Warner Bros.

02 novembro 2006

Shrek

Após o estrondoso sucesso dos dois primeiros filmes, o terceiro filme do ogro verde mais famoso do mundo já começa a ser ser planejado, com lançamento previsto para o ano de 2007. Shrek e Fiona agora são rei e rainha do reino de "Tão, Tão Distante", porque o Rei Harold agora é um sapo. Como o casal quer voltar a viver no pântano, Harold propõe que eles encontrem o novo herdeiro da coroa para tomar conta do reino no lugar deles. Shrek, Burro e Gato-de-Botas vão para o lado mais distante do reino onde o jovem Artie, sobrinho da Rainha Lilian, está prestes a completar seus estudos. Artie é o jovem Rei Arthur, e os três têm que convencer esse jovem extremamente rebelde a voltar e assumir o trono. Enquanto isso, Fiona fica sozinha no reino de "Tão, Tão Distante" e o Príncipe Encantado tenta aplicar um golpe de estado. Para impedi-lo, ela forma um movimento de resistência junto com todas as princesas. Mike Myers (Shrek), Cameron Diaz (Princesa Fiona), Eddie Murphy (Burro), Antonio Banderas (Gato de Botas) e John Cleese (Rei Harold), retornam nesta terceira parte para dublarem seus personagens, e recebem a adição do cantor Justin Timberlake , que dubla Artie, o jovem Rei Arthur.
Por outro lado, a princesa Fiona contará com a ajuda de suas amigas dos contos de fada Cinderela (voz de Amy Sdaris), Branca de Neve (voz de Amy Poehler), Rapunzel (voz de Maya Rudolph) e a Bela Adormecida (voz de Cheri Oteri).para impedir que o traiçoeiro Príncipe Encantado tome o trono.
"Shrek 3" nem entrou em cartaz, mas a DreamWorks Animation já prometeu um quarto filme do ogro verde para 2010. A notícia foi divulgada junto com informativos de lucros e planos da empresa que pretende investir ainda mais nos personagens da paródia sobre os contos de fadas.
O Gato de Botas, cuja voz é dublada pelo ator Antonio Banderas, vai ganhar um "filme-solo". Inicialmente a DreamWorks planejava lançar as aventuras do sedutor e perigoso gatinho direto em DVD, mas os novos planos prevêem que um longa do bichano para depois da estréia de "Shrek 4". Além disto a produtora também anunciou os frutos da parceria com o canal de desenhos animados Nickelodeon.
Os divertidos pingüins do filme animado "Madagascar" serão os primeiros a ganhar um desenho para a televisão, seguidos de personagens do filme "Kung Fu Panda" que só chega aos cinemas em 2008, mas também deve ganhar material para a TV.
Mas as novidades não param por aí. A Dreamworks pretende lançar, em 2009, mais dois longas animados. São eles: "Monsters vs. Aliens" e a adaptação do livro de Cressida Cowell, "How to Train Your Dragon".

Site Oficial: http://www.shrekthethird.com (inglês)

01 novembro 2006

Mastigando Humanos: um Romance Psicodélico

Santiago Nazarian é um dos autores mais intrigantes da nova literatura brasileira. Assim é seu novo livro, Mastigando Humanos — Um Romance Psicodélico (Nova Fronteira, 224 págs.). A começar pelo protagonista: um jacaré! Por que a surpresa? Séculos atrás, La Fontaine escreveu fábulas em que animais pensam e falam e, mais recentemente, o nonsense foi explorado por escritores como Campos de Carvalho, sem falar no toque de realismo mágico dos livros de Murilo Rubião. O que surpreende em Mastigando Humanos é trazer esse universo para a literatura contemporânea, mais realista do que o rei.

É verdade que Santiago Nazarian mostra que tem um pé no abismo da loucura desde sua excelente estréia com Olívio, em que ele conta com um ritmo primoroso a história do rapaz certinho que vai pirando aos poucos depois que a namorada o deixa. O próprio Nazarian tem uma biografia meio estranha: foi roteirista de disque-sexo, se virou como barman na Europa e fez experiências com body art, em que se cortou e deixou o sangue escorrer em frente ao vídeo, entre outras coisas exóticas para o mundo literário. São todas essas diferenças que o autor radicaliza neste seu livro.

Como bom paulista, Nazarian se mostra fascinado pela lenda urbana (algo que já se mostrou não ser tão lenda assim) de que jacarés vivem nos esgotos da cidade e eventualmente dão as caras no Tietê. Numa versão masculina da Clara Crocodilo de Arrigo Barnabé, o jacaré, que se chama Frank, deixa as delícias bucólicas do Pantanal para, atraído pelo fluxo intenso das correntezas, parar nos subterrâneos de São Paulo. Filósofo, é autor de tiradas: “Se a fome é o impulso básico da existência, o freio da existência seria o medo? Ou a saciedade?”. Animal de sangue frio, funciona como alter ego do autor em sua fome de experiência, sua recusa em pagar as dívidas e entrar no esquema, seu dilema entre seguir sua natureza de predador e as exigências sociais.

PÓS-MODERNIDADE
Tudo isso faz com que ele dê voz a muitas das questões que aparecem nas obras de Nazarian, cujo principal tema é a tentativa de juntar as peças de indivíduos fragmentados pela pós-modernidade. “Como calosidades que protegem seus pés dos sapatos. Como coletes que protegem você dos inimigos; como carros blindados. Organicamente, somos todos os mesmos, moléculas, água, músculos vermelhos, abertos e quentes, seja pelo sol, seja pelo sangue. Máscaras de jacaré, sapatos de crocodilo, grifes de mariposa, dragonas de general. Depois de mastigar um humano, eu me sentia mais confortável em minha fantasia de réptil urbano. E também fui melhor aceito por meus colegas...”

Mas não se pense que, por ser filósofo, Frank passe o tempo todo de blablablá, ruminando suas reflexões. Aventuras se sucedem. E como. Quem não tem estômago para um fluxo incessante e totalmente imprevisível de situações sem sentido não vai gostar. Quem já está cansado de ler sempre o mesmo livro, vai se refestelar.

Veja mais aqui!

29 outubro 2006

Quatro anos de silêncio... Passando a palavra...

Hoje eu não vou falar de música, video, cultura em geral o propósito para este existir... vou abrir um parentêses... vou reproduzir um texto do mestre Arnaldo Jabor, chama "A verdade está na cara, mas não se impõe"(25/04/2006 O Globo) em forma de indignação e protesto "Abra o olho Brasil!":

O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, “explicáveis” demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira.

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada, broxa.

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata.

Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão na bunda. A verdade se encolhe, humilhada, num canto.

E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de “povo”, consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações “falsas”, sua condição de cúmplice e comandante em “vítima”. E a população ignorante engole tudo.

Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados — nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...

Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: “Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?”. A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo . A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos! Pior: que os fatos não são nada — só valem as versões, as manipulações.

No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.

Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de “gafe”. Lulo-petistas clamam: “Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?”.

Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de “exibicionista”. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de “finesse” do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para coonestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em “a favor” do povo e “contra”, recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o “sim” e o “não”, teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x Brasil, nacional x internacional. A esquematização dos conceitos, o empobrecimento da linguagem visa à formação de um novo ethos político no país, que favoreça o voluntarismo e legitime o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.

Assim como vivemos (por sorte...) há três anos sem governo algum, apenas vogando ao vento da bonança financeira mundial, só espero que a consolidação da economia brasileira resista ao cerco político-ideológico de dogmas boçais e impeça a desconstrução antidemocrática. As coisas são mais democráticas que os homens.

Alguns otimistas dizem: “Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!”. Não creio. Vamos ficar viciados na mentira corrente, vamos falar por antônimos. Ficaremos mais cínicos, mais egoístas, mais burros.

O Lula reeleito será a prova de que os delitos compensaram. A mentira será verdade, e a novi-língua estará consagrada.

28 outubro 2006

The Black Eyed Peas no Brasil!

A banda desembarca por aqui em novembro. Saiba mais sobre os shows e prepare-se com clipes, fotos e músicas para download!
O Black Eyed Peas apresenta a turnê do bem-sucedido CD "Monkey Business", lançado em junho de 2005. Já venderam mais de 5 milhões de cópias, emplacaram hits nas paradas e nas baladas de todo o mundo, como 'Don't Phunk with my heart', 'My Humps' e 'Don't lie'.O novo clipe saído do CD é 'Like That', que mantém a batida agitada que caracteriza as músicas do grupo.
Fergie, Will.I.Am. e companhia chegam ao Brasil para uma série de apresentações em novembro, começando por Porto Alegre (dia 8, na FIERGS), Curitiba (dia 10, na Pedreira Paulo Leminski), São Paulo (dia 11, na Arena Skol Anhembi) e Brasília (dia 14, no Ginásio Nilson Nelson).
Em São Paulo, os ingressos são encontrados no estádio do Morumbi e no ginásio do Ibirapuera, além do site Ingressofacil. Os preços variam de R$ 100 (pista) à R$200 (área VIP). Estudantes pagam metade do valor.

  • Veja o clipe de 'Pump it'
  • Veja o clipe de 'My Humps'
  • Veja o clipe de 'Don't lie'
  • Veja o clipe de 'Don't Phunk with my heart'

  • 27 outubro 2006

    Zeca Pagodinho- Acústico MTV 2 - Gafieira

    Zeca Pagodinho acaba de fazer algo inédito na história da MTV! Zeca acaba de emplacar o segundo projeto acústico, não à toa ele é um grande mestre do samba. Dono de uma voz e um jeito todo particular de ser, o malandro carioca mostra para as novas gerações que é possível fazer música de qualidade, independente do seu público ser classe-baixa ou alta. Como diz a cantora e fã de Pagodinho, Tereza Cristina “Ele entra em qualquer lugar. Zeca toca tanto no I-Pod do cara que mora lá na cobertura da Barra, quanto toca no barraco...”.
    Dessa vez Zeca gravou um Acústico MTV totalmente diferente, mostrando toda a categoria da dançante gafieira – um estilo que praticamente alia o samba de raiz aos arranjos requintados de orquestra.
    O “Acústico MTV Zeca Pagodinho II - Gafieira” tem um repertório com músicas históricas do samba, como "Tive Sim" (Cartola), além de hits pagodianos em roupagem de gafieira, como “Dona Esponja” e “Judia de Mim”. Coisa fina.
    Entre as participações especiais, estão a Velha Guarda da Portela, as cantoras Dorina, Tereza Cristina, Nilze Cardozo e Juliana Diniz, o saxofonista Paulo Moura e o antológico cantor Miltinho.

    fonte:MTV

    26 outubro 2006

    Upgrade

    A partir de hoje temos mais uma parceiro o maior site de vendas online Submarino.com.br, serão apresentadas aqui sugestões em banners e também no banner dos canais ao seu dispor e sem prejudicar o carregamento da página,os banners Buscapé permanecem! é recomendável para melhor visualização do blog o Firefox 2.0!

    25 outubro 2006

    U2 e Greenday


    O tão esperado encontro de U2 e Green Day já pode ser visto pelos fãs. O convite para a reunião entre as bandas partiu dos irlandeses, que tiveram resposta afirmativa imediata dos americanos. "Um ano depois da passagem do furacão, a devastação ainda está viva em nossas mentes, e gostaríamos de mantê-la assim nas suas também
    "Nova Orleans sempre foi uma cidade especial para nós, um celeiro de música e criatividade, e é difícil acreditar que áreas da região do golfo [atingidas pelo furacão] ainda estejam destruídas", completa a nota.", afirmou o Green Day em seu site oficial (www.greenday.com) --que também disponibiliza o clipe e cenas de bastidores, mas é preciso ser membro do fã-clube da banda para acessar o material.O site oficial da banda irlandesa (www.u2.com) dá uma prévia do clipe de "The Saints Are Coming", em que Bono e Billy Joe Armstrong dividem os vocais.
    No vídeo, Bono aparece de cabelos curtos. As filmagens aconteceram nos estúdios Abbey Road, em Londres, que ficaram internacionalmente conhecidos com os Beatles.
    A faixa estará na coletânea "U218", que tem lançamento previsto para 20 de novembro nos Estados Unidos. O disco terá 16 sucessos da banda irlandesa e outra gravação inédita, "Window On The Sky". Em dezembro, o U2 fará outra parceria, dessa vez no palco. Os irlandeses convidaram o Pearl Jam para um show no Havaí.
    fonte: Folha

    "The Saints Are Coming"




    + U2 no E-cletico's:
    U2 - Vertigo live from chicago

    24 outubro 2006

    Isto é 30 anos!

    ISTOÉ está completando 30 anos e pra relembrar uma edição especial com um pouco da trajetória da revistachegou esta semana as bancas. A ISTOÉ 30 anos que se pretende uma edição de colecionador – uma revista para guardar e consultar, três décadas, desde a primeira edição, a Revista vem demonstrando sua vocação para registrar, provocar e participar das mudanças do País. Desde a capa número 1, já tinha uma linha editorial bem definida, de vigilância e crítica ao sistema, vários foram os protagonistas de suas páginas e capas. . Hoje ISTOÉ,em parceria com o Grupo Time Inc. , maior conglomerado editorial de revistas do planeta, publica desde janeiro último, o conteúdo de People, Fortune e Time – três bíblias do modelo de revistas de informação – passou a ser incluído, respectivamente, nas páginas de ISTOÉGente, ISTOÉDinheiro e ISTOÉ. É um dos resultados da constante busca de aprimoramento editorial de sua ISTOÉ. Parabéns à Isto é e que mais 90 anos de informações, denuncias e esclarecimentos estejam em suas páginas!

    Site oficial: http://www.terra.com.br/istoe/

    23 outubro 2006

    Maná


    Maná definitivamente é ummotivo de se dizer que tem música boa no México, não aquilo que já além de incomodo nem mais soa comercial de tão merchandisinhg que é; eles acabam de lançar um novo album AMAR ES COMBATIR (Warner Music)
    01- una señal
    02- Labios Compartidos
    03- Ojala pudiera borrarte
    04- Arráncame el corazón
    05- Tengo muchas alas
    06- Dime Luna.
    07- Bendita tu luz
    08- Tú me salvaste
    09- Combatiente
    10-El viaje
    11- El Rey tiburón
    12-Somos mar y arena
    13- Relax.
    Pra quem ainda não eve a oportundade de ver ou ou vir a música de estréia do album aqui está de lambuja o clipe de 'Labios comparrtidos'

    Site Oficial da banda: Maná (inglês / espanhol)
    Clique aqui e baixe "labios Compartidos" e ou o album ' Amar es combatir"

    29 setembro 2006

    A casa monstro (Monster house)

    A casa monstro foi uma grata surpresa pra mim, fui até meio sem muita espectativa de um bom programa, mas... ele te pega! Tem sempre uma lição.. como a batida uem vê cara não vê coração..mas enfim não vou cometer spoilers... mas adianto que quem for ver ainda vai ficar surpreso com a qualidade e com a temática. Dos mesmos autores de A noiva cadáver (veja aqui no arquivo).

    Na eletrizante comédia de aventura A CASA MONSTRO (Monster House), da Columbia Pictures, três crianças (os novatos Mitchel Musso, Sam Lerner e Spencer Locke) atravessam para o outro lado da rua para desvendarem um mistério e viverem a maior aventura de suas vidas.

    DJ (Musso), a criança do outro lado da rua, é quem tem o plano. Jenny (Locke), a novata, é quem tem a inteligência. E Bocão (Lerner), o melhor amigo de DJ, não tem a menor idéia de nada.

    A CASA MONSTRO (Monster House) é um longa-metragem de animação totalmente original e inteligentemente concebido pelos visionários produtores executivos Robert Zemeckis e Steven Spielberg, que reúne um elenco estelar incluindo Steve Buscemi (Monstros S.A./ Monsters, Inc.), Nick Cannon (Drumline), Maggie Gyllenhaal (Secretária/ Secretary), Kevin James (The King of Queens), Jason Lee (Os Incríveis/ The Incredibles), Catherine O’Hara (O Estranho Mundo de Jack/ The Nightmare Before Christmas), Jon Heder (Napoleon Dynamite), Kathleen Turner (Uma Cilada para Roger Rabbit/ Who Framed Roger Rabbit) e Fred Willard (Waiting for Guffman). O filme é dirigido por Gil Kenan, produzido por Steve Starkey e Jack Rapke, e conta com Jason Clark como produtor executivo. O roteiro é de Dan Harmon & Rob Schrab e Pamela Pettler, de uma história escrita por Harmon & Schrab.

    Sinopse

    DJ Walters, de 12 anos, que está naquele embaraçoso momento entre a infância e o começo da puberdade, possui tempo livre de sobra e ninguém tira de sua cabeça que existe alguma coisa estranha em relação à casa do velho Epaminondas do outro lado da rua. As coisas não param de desaparecer dentro daquela estrutura em ruínas: bolas de basquete, triciclos, brinquedos e animais de estimação. E, pensando bem, o que teria acontecido com a senhora Epaminondas?

    É véspera do Dia das Bruxas – Halloween – e DJ e seu amigo comilão de doces, Bocão, se deparam com o Senhor Epaminondas depois que a bola de basquete dos dois cai no terreno dele e some misteriosamente para dentro da casa. Quando a casa tenta devorar sua nova amiga Jenny e ninguém acredita no trio amedrontado que insiste em dizer que há algo de errado com aquela casa, cabe a eles investigar o mistério.

    Eles recorrem aos conselhos da única pessoa no planeta que poderia, mesmo que remotamente, entender o que está acontecendo, o sábio que eles chamam de Cabeça. Ele é um preparador de pizza preguiçoso, de uns 20 anos de idade, e mestre na máquina em que ele, certa vez, jogou um videogame por quatro dias seguidos, munido apenas de dois litros de achocolatado e uma fralda para adultos. “Eu ouvi a história de estruturas construídas pelo homem que se tornaram possuídas por uma alma humana”, Cabeça conta para eles.

    Você quer dizer que a casa tem vida? Caramba!

    Cabeça diz a eles que a única maneira de fazer com que a casa pare de devorar tudo que aparece à sua frente é acertando em cheio seu coração, o que para as crianças só pode ser a sempre ativada fornalha localizada no porão. Eles pensam num plano que parece infalível — um aspirador de pó disfarçado de humano e repleto de remédio contra gripe. As crianças oferecem a isca para a casa, imaginando que ela esteja dormindo e, assim, possam entrar escondidas e apagar a fornalha com suas seringas de atirar água.

    No entanto, o plano fracassa e quando a casa começa a persegui-los pela rua — isso mesmo, os perseguindo pela rua! — eles terão de unir suas forças para mais uma vez garantirem segurança aos moradores do bairro contra trapaças e trapaceiros.

    A História de A Casa Monstro

    A CASA MONSTRO (Monster House) reúne dois influentes cineastas vencedores do prêmio Oscar® — Robert Zemeckis e Steven Spielberg — que se unem ao talentoso diretor novato, Gil Kenan, que juntos são os pioneiros numa novidade que irá revolucionar a arte de se fazer cinema: a tecnologia de ponta chamada animação por captura de movimento. Com a ajuda de um roteiro inteligente e divertido e extremamente assustador, escrito por Dan Harmon & Rob Schrab e Pamela Pettler, de uma história de Dan Harmon & Rob Schrab, eles aplicaram esta nova e mágica criação em dois adoráveis gêneros — comédia para família e filme de terror — combinando ambos, sem cortes, de forma a entreter e instigar a imaginação de seus admiradores no mundo inteiro.

    O cinema tem uma longa e bem aceita tradição de mostrar casas aterrorizantes e assombradas — da mansão gótica de Psicose (Psycho), passando pela misteriosa cabana de Boo Radley em O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird) à residência do subúrbio que abrigava Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands) — e explorar a fascinação que as crianças têm por essas estruturas proibidas e seus estranhos moradores. Em função do eterno apelo do gênero, não é surpresa o fato de os executivos da produtora de Robert Zemeckis, a ImageMovers, terem se impressionado de imediato quando os escritores Dan Harmon & Rob Schrab contaram sua idéia sobre uma casa com vida.

    “Logo quando o projeto passou a ser desenvolvido na ImageMovers”, afirma Zemeckis, “eu achei a idéia extremamente inteligente e muito legal”.

    O produtor Steve Starkey acrescenta: “Era uma história original, direcionada para a família e com uma atitude nova e contemporânea. Nosso objetivo era não somente contar uma história assustadora, mas também algo com uma sensibilidade cômica moderna que atraísse ao mesmo tempo tanto a platéia adulta quanto a jovem”.

    Entretanto, o roteiro de A CASA MONSTRO (Monster House) apresentou aos realizadores um problema técnico aparentemente insuperável: Num momento climático do filme, a casa assombrada teria que se libertar de sua fundação e sair sem destino pelas ruas, aterrorizando todo mundo no bairro. “Uma vez que o filme foi originalmente concebido como um live-action convencional”, diz Starkey, “o dilema era: ‘Como misturar um filme convencional com uma casa que ganha vida?’”

    “Nós penamos com aquele problema por muito tempo”, acrescenta o produtor Jack Rapke. “Nós nos perguntávamos: ‘Como ficará o visual daquele mundo? Não vai parecer uma coisa tola?’”

    O problema foi solucionado quando Zemeckis descobriu o revolucionário processo de captura de movimento que, em seguida, foi melhorado e aperfeiçoado pela Sony Pictures Imageworks e aplicado pela ImageMovers no hit mundial O Expresso Polar (The Polar Express), dirigido por Zemeckis. “A captura de movimento parecia ser o caminho perfeito para contar melhor a história de A Casa Monstro”, explica Zemeckis. “É a combinação perfeita de filme live-action e imagens geradas em computador. Desse jeito, você tem controle sobre as imagens e, ao mesmo tempo, trabalha com experientes profissionais de performances — o que permite acidentes que você só vê quando trabalha com atores de verdade”.

    Desde o princípio, A CASA MONSTRO (Monster House) foi concebido para ser mais estilizado que O Expresso Polar (The Polar Express). “Enquanto O Expresso Polar foi desenhado para ser mais foto-realístico, A Casa Monstro foi diferente”, explica o produtor executivo Jason Clark. “Nos sentimos confortáveis para tomar determinadas liberdades em relação aos desenhos dos personagens de A Casa Monstro e utilizar a animação para aperfeiçoar as performances. Contratamos muitos profissionais da equipe de O Expresso Polar, que não apenas nos mostrou o que funcionou, mas também o que poderia ser melhorado. A tecnologia foi se desenvolvendo progressivamente. No processo, criamos uma espécie de tecnologia cinematográfica chamada de “corte em sangria’ – parecida com a tecnologia de ponta, mas um pouco mais avançada”.
    Encontrar o diretor adequado para o projeto foi outro desafio para o pessoal da ImageMovers — até quando eles conheceram um jovem recém-formado de nome Gil Kenan, cujo filme feito por ele no último ano da faculdade, The Lark, ganhou o UCLA Spotlight Awards, em 2002. “The Lark foi interessante porque foi tão diferente de tudo”, afirma Rapke. “Gil contou sua história em filme utilizando técnicas que realmente nos deixou intrigados”.

    "Logo que assisti à fita de Gil, tive a sensação de que ele era a escolha perfeita para fazer este filme, apesar de nunca ter feito um longa-metragem antes", diz Zemeckis. "Quando discutimos o projeto, ele apresentou uma visão muito clara e inovadora, e percebi imediatamente que minha intuição estava certa. Ele achava que o filme deveria ser engraçado e assustador, e que o equilíbrio de ambos faria da história algo especial realmente".

    "Eu assisti ao curta-metragem The Lark, e vi que Gil tinha um talento especial", afirma o produtor executivo Steven Spielberg. "Ele provou durante todas as etapas de A Casa Monstro, desde a sua criatividade em relação à animação com uma preocupação especial à performance ao seu trabalho rico em recursos com os atores. Gil permitiu que as performances parecessem quase de improviso quando, na realidade, haviam sido cuidadosamente escritas no roteiro".

    Coincidentemente, The Lark mostrava uma casa infestada de lágrimas e raiva“. Há alguns anos, eu me encantei com a idéia de criar uma relação emocional entre uma pessoa e um ambiente”, explica Gil Kenan, “fazendo dela uma relação visual e dramática, definindo uma personalidade e oferecendo-lhe qualidades humanas. Então, quando surgiu A Casa Monstro, foi quase cômico como aquele projeto parecia demais com a maneira que eu pensava contar uma história — como os humanos e suas casas e ambientes poderiam interagir. No final das contas, a casa possui mais do que um espírito vingativo, mas possui também alma”

    A Lista dos Preferidos

    “Gil preparou uma lista de preferidos, com todos os atores que ele gostaria que fizessem parte de A Casa Monstro”, lembra Rapke. “Nós levamos a lista para a Sony e, para nossa surpresa e alegria, ele conseguiu a aprovação de todos aqueles que ele queria no filme. Ele contou com Maggie Gyllenhaal para interpretar a babá Zee. Com Jason Lee para interpretar Magrão, Jon Heder para o papel de Cabeça, Catherine O’Hara e Fred Willard para interpretar os pais de DJ. Conseguiu Kevin James como o Oficial Landers e Nick Cannon como o Oficial Lister. Até conseguiu Steve Buscemi para fazer o personagem Epaminondas. Foi incrível, garanti a Gil que aquilo jamais aconteceria novamente em toda a sua vida. E para fechar com chave de ouro, ele contou com Kathleen Turner para o papel de Constance”.

    Com uma das melhores vozes da indústria do entretenimento, Kathleen Turner sempre fez grande sucesso com suas cordas vocais. “Eu me envolvi com A Casa Monstro através de Bob Zemeckis”, conta Kathleen Turner. “Ele me escalou para a voz de Jessica em Roger Rabbit, então me telefonou e disse: ‘Você estaria interessada em uma nova técnica?’ — ele sabe que estou sempre interessada em qualquer tipo de tecnologia nova, recém-criada. Mas fiquei realmente interessada quando ele me disse: ‘Bem, você interpretou a personagem animada mais sexy do cinema em Roger Rabbit, agora poderá fazer a mais feia de todas’. E eu imediatamente disse: ‘Combinado’”

    Kenan admite que foi mais do que apenas sorte reunir um elenco tão estelar. “Tenho certeza que parte do processo de formação do elenco se deve a quanto os meus produtores são respeitados na indústria”, diz ele. “Desde a primeira vez que li o roteiro, ficou bem claro para mim como deveria ser o visual dos personagens. Parecia na minha cabeça que, conforme eu lia a história, aqueles atores se apresentavam e iam encarnando os personagens”.

    “Como em qualquer projeto, tudo gira em torno do que está no papel”, afirma Starkey. “Quando encaminhamos o roteiro para os atores, eles imediatamente se impressionaram com a originalidade, humor e inteligência do texto. Todo mundo queria fazer parte daquilo que eles sabiam que seria uma experiência especial. Fizemos uma proposta que eles não poderiam recusar”.

    “Recebi um telefonema dizendo que eles estavam interessados em me contratar”, lembra Steve Buscemi, “e me mostraram o curta-metragem de Gil, que era diferente de outros filmes de animação que eu já havia visto. Era um pouco misterioso. Gosto de sua sensibilidade e de seu senso de humor, e também gostei do roteiro de A Casa Monstro”.

    Para a escolha dos três atores mirins de A Casa Monstro, uma minuciosa pesquisa foi conduzida nos Estados Unidos e no Canadá. “Entramos em contato com agentes, comissões de cinema, escolas de dramaturgia e empresários”, diz a diretora de elenco Victoria Burrows. “Nós falamos com crianças que já tinham bastante experiência profissional e com outras sem qualquer experiência anterior. As idades variaram de dez a 20 anos. Mas, por fim, escalamos crianças com as mesmas idades indicadas no roteiro original”.

    “Foi um processo muito cansativo”, confessa Kenan. “Provavelmente, eu me encontrei pelo menos uma vez com cada uma das crianças nos Estados Unidos, e quase a metade delas veio e fez teste de leitura de texto”. As três crianças escolhidas por ele — Sam Lerner (Bocão), Mitchel Musso (DJ) e Spencer Locke (Jenny) — ficaram amigas imediatamente e a química vigorosa entre elas provou ser de grande valia para a produção.

    “Teatro Caixa-Preta”

    Após cinco dias de ensaios, com bloqueio e leitura de texto, foi iniciada a filmagem principal de A CASA MONSTRO (Monster House). O “volume” 20 por 20 — área na qual os equipamentos de captura de movimento foram montados e local onde os atores trabalharam — foi construído no Estúdio 6, de Culver Studios. Em sua maior parte, o filme foi rodado em seqüências, durante uma agenda de filmagem relativamente curta. “Uma filmagem de 42 dias é bastante rápida”, afirma Clark, o produtor executivo, “especialmente se comparada à maioria das filmagens live-action, que geralmente dura mais de cem dias. E nós tínhamos crianças com horário de trabalho reduzido, então, nossos dias eram muito curtos”.

    Refinado para A CASA MONSTRO (Monster House), o processo de captura de movimento da Imageworks proporcionou aos realizadores um instrumento de criação com o qual eles puderam gravar performances em live-action ricas em detalhes, com as quais a animação é posteriormente baseada.

    A preparação para rodar o filme em captura de movimento foi um longo ritual diário para os atores. Ao amanhecer, eles tinham que vestir figurinos e sapatos especiais. Na sala de maquiagem, seus cabelos eram colocados para trás, uma touca plástica fixada em suas cabeças e pontos de plásticos refletivos grudados em seus rostos.

    “Durante a maquiagem, Sam Lerner, que interpreta Bocão, e Mitchel Musso, que faz o papel de DJ, pulavam de um lado para o outro”, lembra Jon Heder. “Eles cantavam nos microfones. Acho que estavam muito felizes de estarem participando de uma produção tão grande”.

    Uma vez que todo o trabalho dos atores aconteceu dentro do espaço chamado de “volume”, uma preocupação minuciosa foi dada aos suportes que eventualmente iam aparecer na tela. “Tivemos de criar com a equipe de desenho os sets e suportes em programas de software como Maya e Rhino como se realmente fossem ser construídos no estúdio”, explica o desenhista de produção, Ed Verreaux. “Fizemos desenhos de construção para fazer os quadros suspensos em fios para que os atores pudessem interagir. Quando os atores estão sentados à mesa, por exemplo , precisam de alguma coisa para apoiar seus cotovelos e para sentar — teria de ser algo firme. Uma mesa de verdade não permitiria que as câmeras digitais captassem todos os pontos de referência dos corpos dos atores. Então, tudo teve de ser enquadrado por fios. O que eles estavam fazendo na realidade era viver num mundo enquadrado por fios, e depois transportado para a geometria da computação, se tornando sólido no computador durante a fase de pós-produção”.

    Para os atores, trabalhar dentro do “volume” foi mais parecido com atuar no palco do que em frente de uma câmera de cinema. Como aponta Starkey, “Você não contava com a presença da câmera, ou de luzes, ou de marcas para seguir. Seu ritmo não era cortado quando chegava a hora de mudar o filme na câmera. Quando os atores tocavam no chão em captura de movimento, tinham de realizar seu trabalho sem se preocupar com qualquer das particularidades técnicas que geralmente fazem parte do processo de filmagem. Acho que foi por isso que eles curtiram tanto o trabalho”.




    Além disso, outro aspecto de se trabalhar neste formato interessou os atores: “Para realizá-lo, você realmente tinha de usar sua imaginação o tempo todo”, afirma Buscemi.

    Segundo Clark, "rodar um filme inteiro dentro de um quadrado 20 por 20 foi um desafio para todos nós. Mas imagino o que deve ter sido para um diretor imaginar sets que nunca haviam sido vistos totalmente desenhados, e explicar a cena para seus atores. No entanto, Gil se adaptou rapidamente. Arrumou um jeito de deixar a fantasia tomar conta do trabalho e conseguiu tranqüilizá-los imediatamente. Num determinado momento, nossos três heróis estão explorando o porão da casa de Epaminondas e estavam encontrando certa dificuldade para mergulhar na aventura e mistério da cena porque eles percorriam o palco bem iluminado tentando atuar como se estivessem explorando um porão assombrado. Então Gil nos pediu para diminuir a iluminação e, de repente, o palco ficou escuro e as crianças entraram totalmente na aventura”.

    Como resultado, aquele elemento específico da imaginação – por parte dos atores e dos animadores – foi o que fez a experiência tão única e criativa. "O maravilhoso híbrido que estamos criando com captura de movimento e animação foi baseado nos atores", diz o supervisor de efeitos visuais Jay Redd. "Tudo se fundiu para criar algo especial que as platéias nunca haviam visto antes”.

    A Expansão da Animação

    A ação final da produção de A CASA MONSTRO (Monster House) foi uma tarefa complexa e de diversas etapas, envolvendo o talento e o trabalho de equipe da Imageworks, uma premiada empresa de produção digital. “A Imageworks pegou os elementos criativos reunidos pelo diretor e os combinou com a arte e as performances em imagens totalmente iluminadas e criadas com precisão”, explica Clark, o produtor executivo.


    O supervisor de animação da Imageworks, Troy Saliba, e o animador chefe de personagens, T. Dan Hofstedt, trabalharam juntos com o diretor Kenan e com o supervisor de efeitos visuais, Redd, na finalização da animação para o filme. "Nós sabíamos que iríamos fazer captura de movimento, mas queríamos fazer algo diferente", diz Redd. "Sabíamos que o nosso mundo seria mais – para usar um termo bastante comum - estilizado. Nós temos seres humanos, mas também temos uma casa que anda pelo bairro. Meu trabalho foi descobrir e realizar tudo em termos de efeitos visuais dramáticos e reunir uma equipe de especialistas para criar tudo, desde modelos, texturas e captura de movimento à animação, iluminação e composições."

    "Primeiro, fizemos os desenhos de todos os personagens", afirma Hofstedt. "Pegamos os desenhos dos personagens feitos por Chris Appelhans, e fizemos desenhos para ilustrar o alcance físico e emocional que eles precisariam no decorrer da história. Não fizemos o visual parecido entre cada um dos atores e seus respectivos personagens animados. Tivemos que interpretar as coisas para conseguirmos as expressões para trabalhar, então, destacamos momentos emocionais criados por nós ou que foram proporcionados pelos atores. Separamos um quadro em que o ator estava ou com raiva, feliz ou com medo. Daí, tentamos colocar aquela expressão manualmente no quadro. Depois, com o nosso equipamento de animação digital trabalhamos com os técnicos e modeladores em CG até eles duplicarem aquele alcance emocional".

    "A performance de captura de movimento respondeu bem ao que nós esperávamos", acrescenta Saliba, "mas conseguimos até ir um pouco além. O primeiro desafio foi nos certificar de que as criaturas que estávamos usando – no caso, os modelos em CG – pudessem atuar de acordo com a nossa necessidade. Eles tiveram de trabalhar com captura de movimento, mas também foram um pouco além no aspecto gráfico".

    "Aquela foi a fundação para levar o filme além de um trabalho live-action — acrescentando as sensibilidades da caricatura e da animação", segundo Hofstedt.

    “A Casa Monstro foi concebido com a utilização da tecnologia de captura de movimento, porque esta nos permitiu contar uma história que se passa num universo paralelo”, diz Clark, produtor executivo do filme. “A platéia irá reconhecer esse universo pelas ruas tradicionais de um bairro comum de um subúrbio americano, mas espero que ela veja algo fora do comum o suficiente para assimilar o terceiro ato — quando a casa zarpa pelo bairro perseguindo as crianças”.

    O Som e a Fúria

    Desde o princípio, uma das principais metas do filme foi dar vida à casa, proporcioná-la expressão e respirar vida dentro daqueles tijolos e estrutura de cimento sem vida. A tecnologia de ponta utilizada em A Casa Monstro (Monster House) permitiu aos realizadores tornar real este incrível personagem central da história. Desenhar o visual da casa foi um processo muito exaustivo. "Foi difícil fazer um desenho da casa que provocasse arrepios e ao mesmo tempo não fosse tão apavorante a ponto de a platéia não aceitar que ela pudesse passar desapercebida no bairro", explica o artista de conceito e layout, Chris Appelhans. "Tínhamos que partir da idéia de que se tratava apenas de mais uma casa velha que, quando as luzes sofressem qualquer alteração, ela tivesse uma aparência monstruosa e ameaçadora".

    “Uma das vantagens da animação em A Casa Monstro é que foi possível construir a casa de forma que ela parecesse ter dois olhos e uma boca”, diz o produtor Starkey. “Eles puderam realmente imitar expressões humanas”.

    E aquela tarefa ficou a cargo de Kathleen Turner. “O jeito que um ator se movimenta e como eles se comportam — todos os sinais invisíveis — sejam eles temporários ou não, ou que estejam com raiva, tudo isso se vê no corpo”, diz Turner. “Contar com uma câmera para traduzir isso para um computador é uma maneira eficaz de se preservar aquela performance”.

    Além de captar a performance física de sua personagem, Turner foi fundamental na criação de sons de fúria feitos pela casa. Turner e o diretor Kenan se encontraram no famoso Brill Building para gravar suas vocalizações bem como suas performances não verbais na pele da monstruosa casa. Um teipe daquela performance vocal foi enviado para a Skywalker Sound, que faz parte do Skywalker Ranch, de George Lucas, no norte da Califórnia, e acrescentado aos sons naturais de madeira rachando e da casa se movendo. A equipe de som do filme alugou um velho celeiro de madeira nas montanhas próximas do condado de Marin e colocou amplificadores nas paredes internas. Desse jeito, eles puderam captar os rangidos e grunhidos naturais da casa e ajudar a chegar ao som desejado para A Casa Monstro (Monster House), que é adequadamente ameaçador e surpreendentemente humano.

    Palavras Finais

    Por fim, todo trabalho árduo executado na produção de A CASA MONSTRO (Monster House) foi possível por meio da dedicação do elenco e da equipe. “Acredito que A Casa Monstro será uma experiência cinematográfica incrível para o público”, promete o produtor Rapke. “É como um divertido passeio de montanha russa, visualmente diferente de qualquer coisa vista antes no cinema. Utilizamos esta tecnologia para se chegar a resultados nunca antes atingidos nesta área — a produção de um filme assustador feito especialmente para crianças”.


    “As crianças irão subir e descer essa montanha russa e gritar o tempo inteiro”, prevê o produtor Starkey. “Mas, por fim, elas vão se sentir bem. Estou entusiasmado com o quanto A Casa Monstro nos ensinou em relação à flexibilidade do processo de captura de movimento. A Casa Monstro despertará nas pessoas a certeza de que filmes de todos os tipos podem ser feitos dessa maneira”.

    “A captura de movimento não irá substituir a animação”, afirma Zemeckis. “Mas uma das dificuldades da tradicional animação em duas dimensões tem sempre sido a animação de personagens humanos, desde os primórdios da Disney. Mas acredito que a captura de movimento criou um caminho para se fazer filmes que não podem ser feitos em live-action e não devem ser feitos como se fossem desenhos de animação. Agora, temos um novo caminho para contar histórias em todo o seu potencial, que não seja nenhuma das duas outras formas existentes. O processo de captura de movimento preenche um vazio na maneira de contar histórias em filmes. É uma tecnologia sem limite. Nós estamos apenas dando os primeiros passos em direção a um novo futuro”

    “A Casa Monstro tem um lugar especial no meu coração”, diz o escritor Rob Schrab. “Foi o início de minha carreira de roteirista em parceria com Dan. Nós simplesmente queríamos fazer um filme que nos levaria a assisti-lo no cinema — um filme para crianças que não as subestimasse e, ao mesmo tempo, não tivesse receio de assustá-las. O meu sonho é que A Casa Monstro abra a porta para que outros longas-metragens de criaturas sejam feitos especialmente para as crianças”.

    Clique aqui e veja o trailer (legendas em português)
    Clique aqui e veja o trailer (dublado em português)

    Site oficial:www.acasamonstro.com.br (português)
    www.sonypictures.com/movies/monsterhouse (inglês)

    sinopse por Sony Pictures

    16 setembro 2006

    Top 10+

    Shakira - Hips don't lie
    Pussy Cat Dolls - Stickwithu
    Nickelback - Far Away
    Ne Yo - So Sick
    Black Eyed Peas - Pump It
    Simple Plan - Perfect
    James Blunt - Higher
    U2 & Mary J. Blidge - One
    Kelly Clarkson - Brekaway
    Pink - Who Knew


    Continuando com os downloads as mais tocadas nas rádios estão aqui
    Baixe pleo rapidshare.de
    Baixe pelo Megaupload

    05 setembro 2006

    James Blunt - Chasing Time: The Bedlam Sessions


    Com apenas uma balada, James Blunt saiu do anonimato direto para o sucesso, se tornando um dos
    artistas com maior número de discos vendidos em 2005 e um dos mais requisitados para shows. Tudo
    isso graças à “You’re Beautiful” (clique aqui e veja o clipe!), que tem um refrão, no mínimo, pegajoso
    E mesmo que você só conheça a já citada música, pode ter uma idéia de como é um disco de James
    Blunt. Belas melodias, arranjos suaves e um vocal quase que delicado. E em “Chasing Time -
    The Bedlam Sessions”, pode-se encontrar esses elementos em todas as faixas.
    O material foi gravado ao vivo na Irlanda e prima pela simplicidade. Na maioria das canções,
    tudo o que se ouve é a voz de Blunt acompanhada por um violão ou um piano. E isso é mais do que
    suficiente para que sejamos convencidos do talento e da capacidade do artista.
    De vez em quando, é verdade, a banda toda o acompanha, como em “Where Is My Mind?”, que encerra o
    disco, mas mesmo assim o caráter acústico é preservado. Vale citar ainda “No Bravery”, “High” e
    “Goodbye My Lover”.
    Ao que tudo indica, pelo menos na Europa James Blunt já seguiu adiante com sua carreira e não
    ficou preso a “You’re Beautiful”. Resta saber se no resto do mundo ele também conseguirá emplacar
    outras músicas. Qualidade e talento não faltam para que isso aconteça.
    James Blunt lança Chasing Time: The Bedlam Sessions, que traz um concerto ao vivo gravado nos
    estúdios da BBC, em Londres. Para este show, James e sua banda foram acompanhados de um trio
    vocal e um naipe de cordas. Somando às poderosas interpretações das músicas de seu aclamado
    CD Back To Bedlam, a apresentação termina com uma versão de "Where Is My Mind?", do lendário
    grupo Pixies, como Blunt costuma encerrar seus shows. Além do show, o DVD traz mais de uma hora
    de extras, incluindo quatro vídeos clipes e "making of the videos" (por trás das câmeras), um
    documentário, uma entrevista com James Blunt e um arquivo de fotos.

    Setlist:
    1. Billy (Live at BBC)
    2. High (Live at BBC)
    3. Wisemen (Live at BBC)
    4. Goodbye My Lover (Live at BBC) Clique aqui e veja o video!
    5. Tears And Rain(Live at BBC)
    6. Out of My Mind(Live at BBC) Clique aqui e ouça a música!
    7. So Long, Jimmy(Live at BBC)
    8. You´re Beautiful(Live at BBC)
    9. Cry(Live at BBC)
    10. No Bravery(Live at BBC)
    11. Where Is My Mind?(Live at BBC)
    12. High: Video
    13. High: Making of Video
    14. Wisemen: Video Clique aqui e veja o clipe!
    15. Wisemen: Making of Video

    + no blog!
    Back to Bedlam

    02 setembro 2006

    Novo! de novo!

    Bem..Bem.. sempre têm que se mudar..troquei o template (o visual) do blog de novo..rs, em janeiro havia trocado e agora além de ter um logo especifico, ele agora também carrega mais rápido, mas na essência não muda... bom vai ter mais bobeira, mas faz parte da vida..rs

    31 agosto 2006

    Gladiador 2 ?

    O diretor Ridley Scott confirmou que planeja filmar uma sequência de O Gladiador com Russell Crowe, apesar da personagem de Crowe'ter morrido no fim do filme. A idéia tinha sido originalmente cogitada em 2003, mas foi abortada, mas as coisas estão agora para em seu caminho.
    Scott diz, “eu farei provavelmente uma sequência ao Gladiator. O único problema é Russell Crowe era uma presença tão poderosa e, naturalmente, Maximus morreu no fim.
    fonte:Hollywood.com

    29 agosto 2006

    SBT exibe episódios inéditos de Chapolin!


    O SBT programou este ano muitas novidades para os fãs de seriados. Mas a maior surpresa veio sem nenhuma propaganda. A emissora de Silvio Santos está exibindo - sem nenhuma ordem ou data certa - episódios inéditos do seriado mexicano “Chapolin”.

    A série do herói mexicano é exibida desde 1984 pelo SBT e teve todos os seus episódios dublados entre 1984 e 1987. Agora 20 anos depois a emissora colocou no ar estes capítulos da série clássica com a dublagem original. A última vez que isso tinha acontecido foi em 1998 quando foi ao ar pela primeira e única vez “Juleu e Romieta – Parte 2”, antes disto os últimos episódios novos foram em 1994.

    Como já foi dito, os episódios foram dublados até 1987 pelos estúdios MAGA de São Paulo com direção de Marcelo Gastaldi (o dublador do Chaves) e Nelson Machado (a voz do Kiko), portanto nem todos possuem um áudio perfeito.

    A seguir você confere um guia dos nove capítulos inéditos já exibidos neste ano pelo SBT.

    Episódio inédito 1: “A Guerra de Secessão” (“Guerra de Secession”)

    Data de exibição: 22/04/2006 – 12h45

    Explicação: “Guerra de Secessão” é na verdade um esquete com os atores do programa vivendo personagens da clássica guerra americana. Nela os Estados do norte e do sul brigam pela libertação dos escravos e o personagem vivido por Roberto Gómez Bolamos (o “Chapolin”) foge da guerra e para não ser fuzilado disfarçasse de escravo.

    No México o quadro inédito vinha originalmente antes do episódio “Mão negra” de “Chapolin”, mas na edição nacional das fitas feita pelo SBT nos anos 80, a aventura do Vermelinho ia ao ar antes da segunda versão do capítulo “A Construção”, que no original também vinha com outro programete do Dr. Chapatin.

    O episódio exibido teve mais duas versões (a terceira chegou a ser exibida no Brasil dentro do programa “Clube do Chaves”) e causa polêmica por ser uma critica social ao racismo. Em um dos diálogos a personagem vivida pela atriz Florinda Meza (Dona Florinda) diz: “Se libertarmos os negros quem trabalhará pra gente? Os mexicanos?”.

    Episódio inédito 2: “Fotos no Museu, Não!” ("Las estatuas no dicem Chanfle!")

    Data de exibição: 29/04/2006 – 12h45

    Explicação: Este é um dos maiores clássicos de “Chapolin”, o encontro do Doutor Chapatin com o Vermelinho. Mais que isto, no tão esperado capítulo, o próprio médico é que invoca o herói com a frase “E agora quem poderá me defender?”.

    Na história Dr. Chapatin quer tirar fotos em um museu, o que é proibido, e provoca muitas confusões. Enquanto isto, ladrões que pretendem roubar as estatuas do local são descobertos e cabe ao Chapolin Colorado detê-los.

    Antes disto, os encontros entre os personagens de Roberto Gómez Bolamos foram em raras ocasiões, à maioria delas em episódios especiais. Em um deles, Chapolin conta à história da “Branca de Neve” para as crianças da escola do Professor Girafales. Outro ocorre em uma festa à fantasia e reúne personagens dos seriados “Chompiras”, “Chaves”, “Doutor Chapatin” e “Chapolin” em uma mesma história, mas novamente trata-se de um episódio feito da junção de vários pequenos quadros e não uma aventura regular da série com os mesmos interagindo normalmente.

    Episódio inédito 3: “De Noite Todos os Gatos Fazem Miau – Versão 1” ("De noche todos los gatos hacen miau")

    Data de exibição: 20/05/2006 – 13h45

    Explicação: Na aventura, Chapolin ajuda um casal que tem problemas com um gato que não para de miar e não consegue deixar a dona da casa dormir. Para ajudá-lo na missão ele conta com o “apoio” de um guarda noturno muito atrapalhado.

    Um “remake” (nova versão) deste episódio já tinha ido ao ar no próprio SBT dentro do finado programa “Clube do Chaves” (“Chespirito”) com o nome de “Atirei o pau no gato”, com mudanças no elenco e a participação do carteiro Jaiminho (do seriado “Chaves”). Além, claro, de uma outra dublagem.

    Episódio inédito 4: “A Ameaça do Mosquito Biônico” ("La amenaza del mosquito biónico")

    Data de exibição: 17/06/2006 – 13h45

    Explicação: Este talvez seja o episódio dos “inéditos” que mais causou polêmica entre os fãs de Chapolin. Foi o único em que os fãs de dividiram entre ser um “inédito” ou um “perdido”. Isto porque alguns fãs juram que este episódio foi exibido uma única vez pelo SBT em 1994. Mas como o fato não pode ser comprovado, ficou decido pela maioria dos sites e fã-clubes que ele seria inédito.

    O motivo de tanta discórdia é que existem muitas versões diferentes (remakes) para um mesmo episódio na mitologia das séries “Chaves”, “Chapolin” e “Chespirito”. Roberto Gómez Bolaños cria várias histórias parecidas da turma e às vezes existe uma mesma trama só que envolvendo personagens bem diferentes como Chompiras ou Chaparrón Bonaparte. Seria a “repetição de piadas” que ocorrem até hoje na “Turma do Didi” com as esquetes do finado “Trapalhões”, por exemplo.

    Nesta trama, por exemplo, um cientista descobre um mini-disco voador e dentro dele estaria um marciano ou, como vemos nesta versão, ele opera um mosquito biônico. Resumindo, várias versões para a mesma piada.

    Existem pelo menos cinco versões para esta história. A primeira está disponível no BOX 1 dos DVDs de Chaves lançado no Brasil. A segunda passou várias vezes no SBT com o título de “O Mini-Disco Voador” (exibida junto com o episódio “O Fantasma do Índio do Riacho-Molhado”) as outras duas foram ao ar no seriado Chespirito (“Clube do Chaves”) na CNT/Gazeta e no SBT.

    Episódio inédito 5: “A História de Don Juan Tenório” (“La historia de Don Juan Tenório")

    Data de exibição: 01/07/2006 – 13h45

    Explicação: Considerado um dos melhores e mais engraçados capítulos da série, conta à história de "Don Juan Tenório", romance escrito em 1844 por D. José Zorrilla. As aventuras do herói Tenório foram narradas por Chapolin, que conta como o homem morreu e posteriormente reencontrou seus amigos e adversários no cemitério.

    O episódio foi ao ar foi cheio de defeitos de imagem e som, além do final cortado. Tais problemas poderiam justificar o porque dele não ter sido exibido anteriormente. A dublagem também apresentou problemas, mas realmente foi um trabalho complicado de tradução e direção, já que todas as falas são em rimas, o que complica quando o texto muda do espanhol para o português.

    Um humor negro que olha para a morte com uma cara mais “simpática” do que o modo como normalmente é visto na televisão. Melhor frase do episódio: "Não tava morto, só andava falecido”.

    Episódio inédito 6: “O Transplante de Mão” ("Sólo no puede mano negra")

    Data de exibição: 08/07/2006 – 13h45

    Explicação: De todos os capítulos inéditos é o que possui menor quantidade de informações na Internet. Este episódio é na verdade a junção de dois mini-episódios de “Chapolin” que juntos criam uma história completa com uma lição de moral bacana.

    A história começa com um homem disposto a ir para o espaço com ajuda de uma nave com ele projetou e que será lançado ao espaço com ajuda de bananas de dinamite. O problema ocorre quando o artefato explode deixar nosso herói ferido. No hospital descobrimos que ele perdeu a mão no acidente e no lugar o médico implantou a mão de uma bailarina que passa a ter “vida própria” e comandar os movimentos do Vermelinho. No final ele troca de mão novamente e fica com a mão de... Uma macaca! Lição de moral? Crianças não brinquem com explosivos!

    Neste episódio, Horácio Gómez (Godinez) é dublado por Hélcio Sodré (Shiryu de “Os Cavaleiros do Zodíaco”), que fez o ator nos últimos episódios dublados no país e não pela sua voz regular na série.

    Episódio inédito 7: “O Presente de Casamento” (Se regalan ratones)

    Data de exibição: 29/07/2006 – 13h45

    Explicação: Mais um episódio do momento politicamente correto de “Chapolin” com uma lição de moral no final. Na trama uma secretária está prestes a ser demitida pelo seu chefe por ter trocado dois presentes de casamento que deveria ter enviado no nome dele. Deu um par de vasos pra filha do ministro e uma televisão para a filha do porteiro, quando o certo seria o contrário. Mas no final nosso herói mostra que o correto a se fazer era o já que tinha acontecido, ou seja, quem realmente precisava ganhou o melhor presente.

    Neste episódio Chapolin usa o sanitário e solta uma das melhores frases da série "Os heróis também vão ao banheiro". Ainda descobrimos que o Vermelinho só estudou até o segundo ano do primário. Este capítulo seria refilmado anos depois como uma história do personagem Chompiras no seriado “Chespirito”.

    Episódio Inédito 8: “Dr. Chapatin: O Doutor é um Assassino” (“El doctor és un asesino”)

    Data de exibição: 12/08/2006 – 13h45

    Explicação: Este episódio foi ao ar originalmente no México com o episódio “A Morte de Chapolin”. Só que no Brasil, este capítulo era precedido por “O Vampiro”. Agora o SBT finalmente exibiu a ordem certa e - por conseqüência - a esquete inédita, que possui apenas cinco minutos de duração.

    Na trama, o Dr. Chapatin chega desesperado ao seu consultório após ter assassinado um ser com seu carro. A enfermeira tenta acalmá-lo falando que ele não é um assassino, já que o acidente ocorreu sem intenção. Mas no final não era um ser humano que ele tinha matado e sim o cachorrinho da moça.

    Episódio Inédito 9: O Ladrão do Museu de Cera (Colección de rateros)

    Data de exibição: 19/08/2006 – 13h50

    Explicação: Este episódio já tinha cenas exibidas em propagandas do seriado “Chapolin” pelo SBT e pela primeira vez passou na integra. Um destaque deste episódio de 1975 é que Maria Antonieta (a atriz que interpreta a Chiquinha) aparece usando uma camiseta com o personagem Chaves.

    Na história um ladrão rouba a bolsa de uma moça no orelhão de um parque público. Cabe ao Chapolin e a um policial trapalhão encontrarem o gatuno e prendê-lo. O problema começa quando o bandido se esconde em um museu de cera de criminosos famosos.

    Os episódios "perdidos" voltam ao ar

    Alguns episódios de “Chapolin” que não eram exibidos há muitos anos foram finalmente reprisados em 2006 pelo SBT, são eles “O Louco da Cabana” (que foi ao ar pela única vez em 1984), “Pedintes em Família” (sem exibição desde 1985) e “A Peruca de Sansão” (fora do ar desde 1995). Continuam sem reprise, episódios que não são transmitidos desde 1992: “O Planeta Selvagem - Versão 1”, “Dr. Chapatin: O Mistério da Autópsia” e “Chapolin e o Carateca - Versão 1”.

    Episódios que só chegaram ao Brasil em DVD

    Alguns episódios de “Chapolin” só chegaram ao Brasil através dos boxes de DVDs lançados pela distribuidora Amazonas Filmes. Todos com uma nova dublagem, feita no último ano pelo Studio Gabia, de São Paulo. São eles:

    BOX 1 – “O Descobrimento da Tribo Perdida”, “O Vazamento de Gás - Versão 1” e “O Mini-Disco-Voador – Versão 1”, “De Médico Chapolin e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco - Versão 1”.
    BOX 2 – “A Corneta Paralisadora - Versão 3”
    BOX 3 – “O Anel Mágico - Versão 2” e “A Corneta Paralisadora – Versão 1”

    Episódios que o SBT exibiu apenas trechos

    A teoria de que existem muitos episódios inéditos de “Chapolin” com o SBT não é explicada apenas pela ausência das primeiras (ou últimas) partes de alguns episódios ou de esquetes que vieram faltando em alguns episódios (como os do “Dr Chapatin”), mas também por capítulos que tiveram apenas alguns trechos exibidos em chamadas da emissora.

    São mais de 15 episódios que teriam trechos exibidos durante as chamadas ao longo dos anos, entre eles destacamos: “O Caso do Bolo Envenenado”, “A Vila Caindo de Velha”, “Os Prisioneiros de Juana Gallo”, “Chapolin no Castelo”, “De Médico Chapolin e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco - Versão 1” e “Os Piratas – Parte 3”.

    27 agosto 2006

    Trair e Coçar É Só Começar

    “Trair e Coçar É Só Começar” é uma adaptação da peça homônima, escrita por Marcos Caruso. A peça, fenômeno teatral brasileiro desde que estreou em 1986, no Rio de Janeiro, não saiu mais de cartaz. Ingressou no Guiness Book como a mais longa temporada ininterrupta do teatro nacional, 20 anos, e atraiu cerca de 4 milhões de espectadores.
    Inspirada no gênero "vaudeville", essa comédia de costumes trata da história da intrometida e confusa empregada Olímpia.
    Olímpia ama seus patrões, Inês e Eduardo.
    Eduardo ama Inês, sua mulher, que ama Eduardo , seu marido.
    Inês é amiga de Lígia, que ama seu marido Cristiano.
    Cristiano ama Lígia, sua mulher.
    Vera ama Cláudio, seu marido, que não ama Vera.
    Inês pensa que Eduardo tem um caso com Salete,
    Cristiano pensa que Lígia tem um caso com Ricco, Vera pensa que Cláudio tem um caso com Inês e Eduardo pensa que Inês tem um caso com Cláudio.
    A ação se passa num condomínio de classe média onde Olímpia, uma empregada trapalhona, protagoniza as maiores confusões, fazendo com que todos pensem que trair e coçar, é só começar.
    Adriana interpreta Olímpia, pivô de todas as confusões do filme. A empregada doméstica trabalha para Eduardo (Cássio Gabus Mendes) e Inês (Bianca Byington). Eles estão prestes a completar 15 anos de casados e Olímpia quer fazer com que a comemoração seja perfeita. Apaixonada pelo porteiro do prédio, Nildomar (Ailton Graça), ela se mete em diversas confusões ao tentar organizar o jantar para os patrões. Eis que entram em cena os amigos do casal, Lígia (Mônica Martelli) e Cristiano (Mario Schoemberger), além dos vizinhos Cláudio (Otávio Muller) e Vera (Marcia Cabrita) e outros personagens que se metem no meio de confusões envolvendo pequenas “mentiras bem-intencionadas” (se é que isso existe realmente), sempre envolvendo a possível infidelidade dos casais envolvidos.

    A direção deste filme é televisiva. O “entra e sai” de personagens em cena pode funcionar muito bem no teatro (não é à toa o sucesso estrondoso da peça), mas essa estrutura na qual o roteiro se baseia não dá certo em cinema veja o caso de Irmã Vap – O Retorno - outro recente filme baseado em peça de sucesso . Além disso, os personagens deste filme são baseados em clichês e construídos de forma caricata e preconceituosa, apesar da atuação satisfatória de Adriana Esteves. Quem disse que comédias leves e despretensiosas dispensam personagens bem-construídos? Trair e Coçar é só Começar alia o fator diversão + elenco estrelado + divulgação + peça bem-sucedida sempre acaba chamando atenção do espectador. O que não houve com Irma Vap, que saí agora em DVD .E, vamos admitir, o filme tem piadas que funcionam, mas ainda está aquém do que deveríamos esperar não somente do cinema brasileiro, mas de qualquer filme, independente da nacionalidade.

    clique aqui e assista ao trailer


    site oficial: www.trairecocar.com.br
    trailer por: Fox Filmes

    22 agosto 2006

    OS VENDILHOES DO TEMPLO - Primeiro Capitulo

    O episodio da expulsao do Templo por Jesus Cristo ocupa apenas dois versiculos do Evangelho, mas ganhou, ao longo dos seculos, lugar no imaginario ocidental, simbolizando o conflito entre os valores espiritual e o interesse material. Moacyr Scliar parte desse evento para criar uma narrativa que se estende por tres epocas. OS VENDILHOES DO TEMPLO e uma parabola sobre as relacoes entre crenca e poder, interesses e ideais, e culmina no Brasil de hoje.
    JERUSALÉM, 33 D. C.
    Moacyr Sciliar é um dos mais famosos escritores brasileiros da atualidade. Já publicou mais de cinqüenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários. Suas obras freqüentemente abordam com a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas.

    Primeiro Capitulo
    Nunca pensei em me tornar vendilhão do Templo, dizia ele, alto e bom som, aos que quisessem ouvir. E os que queriam ouvir (nem tantos, mas nem tão poucos: algum sucesso alcançara, em termos de vendas e de ouvintes) não tinham razão nenhuma para duvidar de suas palavras.
    Nascido e criado no campo, estava destinado a ser um agricultor - como o pai e o avô. Como eles, trabalharia a sáfara terra de uma pequena propriedade. Como eles, gastaria a vida em dura rotina: acordar, sondar os céus (o que trariam as nuvens que se acumulavam no horizonte, a chuva tão esperada ou o maldito granizo que destruiria a plantação?), ir para o campo, arar, semear, colher. Como eles, teria poucas alegrias; como eles, morreria cedo, pedindo aos filhos, no leito de morte, que continuassem o seu trabalho. E isso, para uma pessoa de alta linhagem, para um descendente do patriarca Judá, era uma humilhação. Um sofrimento.
    Apesar de tudo, gostava de cultivar a terra; desse trabalho falava - a quem quisesse ouvir - com minúcias que seriam até enfadonhas, não fosse a emoção que coloria suas palavras: as lágrimas vinham-lhe aos olhos quando lembrava, por exemplo, a junta de bois que puxavam o seu arado e que tivera de vender para pagar dívidas. “Onde estarão agora, os meus bois? Será que já não os mataram?” Dedicado ele era, porém mal conseguia sustentar a família com o produto das magras colheitas. Era trigo, o que plantava, e trigo teria plantado a vida toda, não fosse a concorrência do barato grão trazido do Egito e de outras partes do Império romano, e que estava arruinando muitos pequenos proprietários. Para alguns, tratava-se de uma inexorável decorrência do progresso: afinal, o que o Império estava fazendo, ainda que pela força das armas, era apagar fronteiras, era criar - sob sua égide, claro - um mundo só. Mas a ele, homem simples, pouco informado, tal explicação não convencia. Nada sabia a respeito do tal Império, entidade distante, misteriosa, sinistra. Conhecia, sim - e odiava -, os soldados romanos, de cujas arbitrariedades fora, como muitos, vítima; mas da política de grandes potências não entendia, nem queria entender, só queria viver em paz na sua terra, com sua gente.
    O que, para sua amargura, tornara-se agora impossível. Revoltava-o ainda mais o fato de que muita gente conhecida comia, sem qualquer problema, pão feito do trigo estrangeiro. Era o caso de um pastorzinho que apascentava suas ovelhas ali perto. Não poucas vezes censurara o rapaz: se teu pai fosse vivo, não permitiria isso, essa traição. O jovem limitava-se a sorrir, debochado: o pão é bom, meu caro senhor, se não foi feito com nosso trigo, a mim pouco importa, o que importa é aproveitar as coisas boas e baratas, venham de onde vierem:
    - Temos de aceitar a realidade: os tempos são outros.
    Os tempos eram outros? Não para ele. Para ele, tudo o que dizia respeito a tempos resumia-se na cíclica sucessão dos dias e das noites, das estações do ano, no plantio e na colheita. Sempre fora assim - para seu pai, seu avô, seus antepassados. Agora vinha um pastor, um mero pastorzinho, dizer que os tempos tinham mudado. Pouca-vergonha.
    Em breve, porém, teve de admitir que, desgraçadamente, o arrogante rapaz tinha razão: os tempos eram, mesmo, outros. Os preceitos morais do passado, aí incluído o respeito aos mais velhos, rapidamente desapareciam. Ele não fazia questão de ser respeitado pelo pastorzinho, não lhe importava. Mas a pobreza e a fome desmoralizavam-no, abatiam-no por completo. Não se lembrava de tempos como aqueles; os mais velhos falavam de secas que tinham durado anos, de gente comendo casca de árvore; nunca acreditara, ou, se acreditara, não achava que tais catástrofes pudessem acontecer de novo: apesar de tudo, procurava manter-se otimista. Mas agora a desgraça tinha caído sobre ele e sua família como ave de rapina; além da escassa colheita, os impostos: o fisco tinha levado o pouco que sobrara. Resistiu enquanto pôde, vendendo inclusive objetos da casa; por fim, não lhe restando alternativa, reuniu a mulher e os dois filhos (dois outros tinham morrido, um de febres, outro - o mais velho, o primogênito em quem via o seu sucessor - assassinado: bandidos não faltavam, naqueles tempos tenebrosos) e disse-lhes: é inútil, não podemos mais ficar aqui, temos de partir.
    Choraram muito, os familiares; não queriam abandonar aquele lugar, a terra que amavam. Mas a verdade é que estavam todos cansados de sofrer. A mulher, coitada, não se habituava às privações; filha única do próspero dono de uma vinha, deixara o conforto da casa paterna para repartir com o marido o pão da pobreza. Fazia milagres para que a comida rendesse, remendava as roupas para que durassem mais. Mas suas forças haviam chegado ao limite; tão doente estava que mal caminhava, arrastava-se dentro da casa (casa? A palavra era até irônica, em verdade moravam num tugúrio) tentando dar conta das tarefas domésticas. Ele olhava o seu rosto fanado e perguntava-se: é essa a linda jovem cujos lábios um dia eu beijei com ternura e paixão? Essa é a moça cujo porte eu comparava ao de uma princesa? A angústia traduzia-se em pesadelos: não raro acordava à noite gritando.
    Sim, tinham de partir. E, já que iriam viver longe da terra, que o fizessem não numa aldeia ou numa pequena cidade, mas na capital, que, apesar de ocupada pelas tropas do Império (ou justamente por isso), oferecia melhores oportunidades de trabalho.
    A primeira coisa a fazer era vender a propriedade. Que, a rigor, não lhe pertencia; de acordo com a tradição, as terras eram de Deus, os homens só podiam dispor delas para seu sustento. Mas, como dizia o irônico pastorzinho, os tempos eram outros, e ele precisava de dinheiro para começar vida nova. Procurou o rico proprietário que já adquirira as terras de vários de seus vizinhos.
    Foi uma penosa negociação. O homem, indiferente a seu sofrimento, tratou de tirar proveito da situação, oferecendo muito menos do que as terras valiam. Sem alternativa, ele acabou aceitando a oferta. Recebeu o dinheiro, pagou as dívidas; com o pouco que restava, partiram.
    […]

    19 agosto 2006

    UP

    Agora este Blog conta com a tecnoliga Tecnorati
    Technorati Profile

    18 agosto 2006

    A casa do lago

    Refilmagem do longa coreano de 2000 “Siworae” (conhecido como “Il Mare”), de Lee Hyun-seung, “A Casa do Lago” é um filme interessante, que foge um pouco dos romances que chegam aos cinemas na atualidade. Carregado de emoções, o filme deixa o espectador com uma sensação de alívio e felicidade ao final do mesmo, a pessoa percebe que viu algo ao mesmo tempo bonito e inteligente.
    Sentindo que chegou a hora de mudar de vida, a Dra. Kate Forster (Sandra Bullock) deixa Illinois, onde morava numa área afastada e onde completou a residência, para trabalhar num movimentado hospital em Chicago. O que reluta em deixar para trás é a bela casa que alugava — espaçosa e artisticamente desenhada, com janelões que se abrem para um lago. Um lugar em que podia sentir seu verdadeiro eu. É uma manhã de inverno em 2006. Na partida, Kate deixa um bilhete na caixa de correio para o próximo inquilino, pedindo que encaminhe a ela a correspondência e dizendo que as inexplicáveis marcas de patas na porta da frente já estavam lá quando ela se mudou. Quando o novo inquilino chega, vê um quadro bem diferente. Alex Wyler (Keanu Reeves), um arquiteto talentoso e frustrado, que trabalha numa construção próxima, encontra a casa bem maltratada: suja, empoeirada, coberta de ervas daninhas. E sem qualquer sinal de marcas de patas. A casa possui um significado especial para Alex. Em tempos mais felizes, foi construída por seu distante pai (Christopher Plummer), arquiteto renomado que sacrificou a vida familiar em função da profissional. Alex sente-se em paz ali agora e se compromete a devolver à propriedade sua beleza original. Não dá atenção ao bilhete de Kate até que, dias depois, pintando o píer maltratado pelo tempo, vê um cachorro perdido pisar na tinta fresca em direção à entrada da casa, deixando marcas de patas exatamente onde Kate tinha descrito. Intrigado, Alex escreve a Kate, dizendo que a casa estava vazia antes de ele chegar, sem entender como ela poderia saber do cachorro. Kate, que partira uma semana antes, imagina que ele esteja de brincadeira e responde: "Só por curiosidade, que dia é hoje aí? 14 de abril de 2004". "Não", diz ela. "É dia 14 de abril de 2006". O mesmo dia, com dois anos de diferença. Mas isso é possível? À medida que Kate e Alex continuam a se corresponder, eles confirmam que, apesar de isso ser inacreditável, impossível, estão vivendo em anos diferentes... ambos lutando contra decepções do passado e tentando refazer a vida. Unidos por este estranho fato, a cada semana se abrem mais um com o outro – dividem segredos, dúvidas e sonhos, e acabam se apaixonando. Determinados a superar a distância que os separa e finalmente desvendar o mistério por trás dessa relação extraordinária, desafiam o destino marcando um encontro. Mas, ao tentarem unir seus mundos distintos, podem correr o risco de se perderem para sempre.
    Essa diferença temporal é o grande diferencial do filme, pois consegue transformar tal trama em algo plausível. É claro que é irreal, mas essa é a beleza do cinema, transportar para as telonas algo além de nossa realidade. O fato de a diferença temporal ser pequena, apenas dois anos, é outro ponto positivo, pois deixa a expectativa de que um dia os dois podem acabar se trombando, sem que fosse necessária uma máquina do tempo.
    Passados doze anos desde que trabalharam juntos no clássico “Velocidade Máxima”, Keanu Reeves e Sandra Bullock voltam a trabalharem juntos. Sandra prova que está na melhor fase de sua carreira e, após brilhar no Oscarizado “Crash - No Limite”, é responsável pelas seqüências mais emocionantes de “A Casa do Lago”. Já Keanu foi o responsável pela pior cena de espiro da história do cinema (hauhauhuahua... parece algo estranho de se falar, mas vocês notarão!). A história é muito bonita, apesar de um pouco previsível. O filme é dirigido com competência pelo argentino Alejandro Agresti, em seu primeiro trabalho em língua inglesa.
    Curiosidade: o endereço do apartamento da personagem de Sandra Bullock, 1620 Racine, é o mesmo em que morava o personagem de Sean Connery em “Os Intocáveis”.

    Site Oficial: www.acasadolago.com.br (Português)
    www.thelakehousemovie.com (Inglês)

     
    Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Best Web Hosting